Romário foi o primeiro jogador contratado pela administração de Modesto Roma Júnior para a temporada de 2018, mas a vitória de José Carlos Peres na eleição do último sábado colocou em dúvida a chegada ao Santos do lateral-esquerdo do Ceará. O novo presidente, no entanto, confirmou que o pré-contrato com o jogador será respeitado.
A notícia de que Peres aprovou a contratação de Romário foi um alívio para o atleta e para sua família, especialmente para o pai do lateral, que tinha como seu maior desejo ver o filho jogar em um gigante do futebol brasileiro.
“É importante chegar a um clube como o Santos com o aval de todos, ainda mais do presidente. Isso dá tranquilidade para desenvolver o trabalho”, contou o jogador em exclusividade ao DIÁRIO DO PEIXE.
“Mas eu sempre estive tranquilo, até porque fiz uma ótima temporada e sabia que iriam avaliar tudo. Tinha o pré-contrato, que é um seguro, mas assim que o meu empresário me ligou e disse que o novo presidente contava comigo eu avisei o meu pai, que estava um pouco aflito. Estou realizando o nosso sonho, que é vestir a camisa de um clube como o Santos”, afirma.
Nascido em Diadema, na região do Grande ABC, Romário comemora também o fato de poder morar próximo de sua família. O jogador saiu de casa ainda adolescente para rodar o mundo da bola e, desde então, sempre esteve longe dos familiares, que continuam residindo no município paulista, localizado a pouco mais de 60 km da cidade de Santos e cortado pela Rodovia dos Imigrantes, ligação entre São Paulo e a terra do Peixe.
A relação do jogador com o futebol começou antes mesmo do seu nascimento, no ano de 1992. Fã do ex-atacante Romário, o pai do lateral batizou o filho com o nome do Baixinho, apesar da forte resistência que enfrentou dentro de sua casa.
“Meu pai brigou com a minha mãe para colocar esse nome. Ele era fã do Romário e queria fazer uma homenagem. E isso foi bem antes de ele ganhar a Copa com a Seleção (em 1994). Eu também sou fã do Baixinho. Cresci vendo o Romário jogar no Brasil, e o futebol terá poucos Romários e Ronaldos”, comentou o atleta, que nunca se arriscou como atacante, embora nem sempre tenha sido lateral-esquerdo.
“Eu era meia e no sub-15 do Audax o técnico Maurício Barbieri me pediu para jogar na ala esquerda quando um atleta se machucou. Eu não queria seguir na posição, mas ele me pediu para continuar, disse que eu tinha talento e que estava me destacando. Então eu segui, e acredito que fiz a escolha certa”, completa.
Romário, de 25 anos, se diz um jogador mais defensivo do que ofensivo, tendo a marcação como sua principal característica. A precisão nos passes é outra virtude que o atleta afirma ter.
“Busco priorizar a marcação, tenho bom passe e, quando chego à linha de fundo, tenho um bom cruzamento. Fui o jogador com mais assistências do Ceará na temporada, que foi quase perfeita. Ganhamos o Campeonato Estadual e conseguimos o acesso para a Série A”, recordou o jogador, que passa férias no Rio de Janeiro e no próximo dia 3 se apresentará com o resto do elenco do Santos.
Apesar de jamais ter defendido um clube grande, Romário está convencido de que tem o que é necessário para fazer sucesso no Peixe.
“Sei que é uma camisa pesada, mas é a chance da minha vida. Chego para somar. Vou trabalhar e buscar o meu espaço. Um clube como o Santos tem sempre de brigar por títulos e pensar em coisas grandes, e esse é o meu pensamento também. Tenho certeza de que serei feliz e darei alegrias ao torcedor”, completa.
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