Rueda abriu o jogo em polêmica envolvendo Marinho (Crédito: Ivan Storti/Santos FC)

O presidente do Santos, Andres Rueda, explicou o procedimento médico realizado pelo atacante Marinho em entrevista coletiva nesta quinta-feira. O camisa 11 fez declarações polêmicas em live com o jornalista Ademir Quintino na noite da última terça-feira.

“O episódio que foi comentado, o erro médico, vou explicar. Marinho estava vindo de uma lesão, uma fibrose e já estava começando a fazer transição para poder voltar a jogar e teve um hematoma na coxa esquerda. O primeiro procedimento que se faz no hematoma é fazer uma pulsão, com uma seringa ou agulha chegar onde está concentrado o sangue coagulado e tenta extrair. Isso foi feito, procedimento normal e era o primeiro procedimento a ser feito no caso desse e não deu o resultado esperado. A coxa não desinchou, ou seja, não deu o retorno que se espera como primeiro procedimento.  Com todo apoio da diretoria e da equipe médica, Marinho foi levado a um hospital em São Paulo, Albert Einstein, para ser atendido e ter uma avaliação do principal médico especialista nessa área. Acompanhei de perto junto com a área médica, ele foi reavaliado e foi dito que o primeiro procedimento realmente era uma pulsão, mas o volume do hematoma de sangue coagulado era alto e teve que fazer uma drenagem. Drenagem pode fazer em consultório, em qualquer lugar, mas por se tratar de jogador de futebol e de um ativo importante do clube, decidiu-se que a drenagem seria feita no centro cirúrgico. Um ambiente mais controlado, não tem infecção e uma série de coisas. Essa drenagem nada mais é do que fazer uma abertura, colocar um dreno e, por capilaridade, puxar todo o sangue para fora. Isso foi feito, colocado os pontos e processo de recuperação normal. Jogador fez a fisioterapia que tinha que ser feita e agora está no processo de readequação, treinando para poder, assim que tiver 100% na parte técnica, ficar a disposição do treinador jogar. O entendimento que houve erro médico não se aplica nesse caso”, ressaltou o presidente.

Apesar de não falar em erro médico e sem fazer conexão com o caso, o presidente Andres Rueda confirmou que o médico Fábio Novi foi desligado do clube.

Marinho também reclamou de não ter sido vendido e nem valorizado com um plano de carreira após a recusa do Peixe por propostas recebidas. O presidente confirmou ter recebido um pedido do atacante para ser negociado, negou ter recebido propostas de Atlético-MG e Palmeiras e explicou porque não aceitou as propostas que chegaram pelo atacante dos Emirados Árabes.

“Quanto a questão de proposta de jogadores eu costumo separar muito bem para a torcida. Eu caracterizo sempre bem, você tem consultas sobre jogador, conversa sobre jogador e tem proposta formal sobre o jogador. No caso do Atlético-MG não teve consulta nenhuma a respeito, quando falo clube é no nome do presidente e eu não recebi nenhuma consulta do Atlético-MG. No caso do Palmeiras o que houve foi uma troca de conversas entre o presidente do Palmeiras e o presidente do Santos, uma conversa nada mais. O que a gente recebeu foram propostas vindo do Emirados Árabes, onde foi deixado claro tanto para o clube de lá quanto para o empresário que trazia as ofertas para o Marinho é que se a proposta atendesse o que o Santos pretendia a gente não iria atrapalhar a carreira do Marinho. Ele gostaria de ir para lá, inclusive, para ter uma remuneração melhor e o sonho do Marinho era esse: Emirados Árabas. Não é jogar no futebol brasileiro, na Europa ou Estados Unidos. Ele quer realmente ir para lá, isso foi conversado e nós falamos que se a proposta chegasse e fosse interessante para o clube e para você (Marinho), a gente vai fazer negócio. Infelizmente, chegou a primeira proposta que não atendeu os interesses do clube, uma segunda e uma terceira que não atendeu”, relevou Rueda.

O presidente também evitou comentar sobre uma possível multa pela entrevista de terça-feira e elogiou o jogador.

“O Marinho é uma das principais estrelas do nosso time, isso a gente sabe e é uma pessoa que se cobra muito. Infelizmente, depois da final da Libertadores ele veio passando por um processo que impediu de jogar muitos jogos pelo Santos. Teve contusão, Covid e uma segunda contusão. Nisso, o jogador se cobra muito, tem uma autoestima muito alta e ele é um jogador que, realmente, quer participar, estar em campo e nunca se negou de treinar e fazer o possível e o impossível para estar pronto para jogar.”