Em uma atuação valente, o Santos venceu a LDU por 2 a 1 na altitude de Quito na noite desta terça-feira e ficou perto da classificação para as quartas-de-final da Copa Libertadores. Em toda a história, o Peixe só havia conseguido uma vitória diante da LDU em Quito, em 1963, com a equipe comandada por Pelé, autor de três gols no jogo.
Com o resultado, o Santos pode até perder por 1 a 0 no jogo de volta, terça-feira, na Vila Belmiro, que garante a classificação. Empate ou vitória também classifica o Peixe. A LDU só consegue a vaga se vencer por 2 gols de diferença ou por 1 gol de diferença a partir do placar de 3 a 2. Se LDU vencer por 2 a 1 a decisão vai para os pênaltis.
O jogo
O Santos teve uma boa chance logo com um minuto de jogo. Marinho cobrou falta da intermediária e o goleiro Gabbarini fez uma grande defesa e mandou para escanteio. A LDU respondeu na mesma moeda. Alcivar cobrou falta da direita e quase surpreendeu o goleiro John, que mandou para escanteio.
O Peixe abriu o placar aos oito minutos. Pará fez boa jogada pela direita e cruzou para o meio da área, Soteldo dominou e bateu com força para fazer o primeiro gol do jogo.
Depois do gol, a LDU partiu para o ataque e o goleiro John começou a aparecer. Ele fez boas defesas em dois chutes de Perlaza, aos 20 e aos 27 minutos.
A LDU chegou ao empate nos acréscimos do primeiro, em um contra-ataque. Soteldo cobrou falta da esquerda, a zaga afastou, Vega puxou o contra-ataque sozinho, invadiu a área, driblou Pituca e chutou, John fez grande defesa, mas a bola subiu, Marinho e Pituca ficaram olhando e Jhojan Julio cabeceou para o gol.
O segundo tempo começou como o primeiro. Logo aos dois minutos, Marinho soltou a bomba de fora da área e o goleiro Gabbarini fez boa defesa para evitar o segundo gol do Peixe. E um minuto depois, após cobrança de falta da direita, Alcivar soltou a bomba da entrada da área e o goleiro John fez boa defesa.
O Peixe fez o segundo aos 13 minutos. Marinho fez linda jogada individual e foi derrubado dentro da área: pênalti. O próprio atacante fez a cobrança e não deu chances ao goleiro Gabbarini.
Depois do gol, o Santos teve inteligência para administrar o resultado. O árbitro chegou a dar 9 minutos de acréscimos, mas os guerreiros santistas conseguiram segurar o placar e encaminhar a classificação, em uma vitóri épica.
LDU 1 X 2 SANTOS
Estádio: La Casa Blanca, em Quito (Equador)
Árbitro: Fernando Rapallini (Argentina)Gols: Soteldo, aos oito, Jhojan Julio, aos 46 minutos do primeiro tempo. Marinho, aos 13 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Vega, Luiz Felipe, Alcivar, Wagner Leonardo, Felipe Jonatan, Aguirre, Soteldo e OrdóñezLDU
Gabbarini, Caicedo, Cruz (Ayala, no intervalo), Ordóñez e Perlaza; Alcivar, Vega (Marcos Caicedo, aos 31 minutos do segundo tempo) e Arce; Jhojan Julio, Martínes Borja e Quinteros (Aguirre, aos 10 minutos do segundo tempo). Técnico: Pablo RepettoSANTOS
John, Pará, Lucas Veríssimo, Luiz Felipe e Felipe Jonatan (Lucas Braga, aos 35 minutos do segundo tempo); Alison, Diego Pituca e Jean Mota (Wagner Leonardo, aos 44 minutos do primeiro tempo); Marinho (Lucas Lourenço, aos 43 minutos do segundo tempo), Kaio Jorge e Soteldo (Vinícius Balieiro, aos 43 minutos do segundo tempo). Técnico: Marcelo Fernandes
O time foi surpreendentemente bem, jogando de forma bem aguerrida. O John parece que é o melhor goleiro do elenco santista. O Para conseguiu jogar sem sentir o efeito da altitude. O lateral fez uma jogada no ataque, que tem sido pouco executada por ele na temporada, e por causa disso saiu o gol do Soteldo. Dessa vez o Luis Felipe não entregou. O Felipe Jonatan, como sempre, foi o ponto mais vulnerável da defesa. O Alisson foi discreto, mas cumpriu seu papel, sem apelar para o lado MMAlisson. O Pituca alternou bons momentos com alguns apagões, como no lance do gol. O Jean Mota foi sacrificado pela má atuação do Felipe Jonatan. O Marinho e o cara nesse time e assumiu o encargo de dar personalidade para o grupo. O Kaio Jorge joga mais para ajudar o time na parte defensiva do que para agredir a defesa adversária. Teve um contra-ataque em que ele emparelhou com o defensor adversário, mas não teve força para ganhar na velocidade. O Kaio corre muito para ajudar a compor o meio, mas depois não tem pernas e pulmões para atacar. O SoteldoSoteldo foi discreto, parece que sentiu os efeitos do ar rarefeito. O Marcelo Fernandes conseguiu montar o time de forma um pouco mais organizada, sem o tradicional buraco no meio que é um padrão do time dirigido pelo Cuca. Outro ponto case destacar é que, enfim, alguém da comissão técnica do Santos FC percebeu o espaço que o Felipe Jonatan deixa nas suas costas. Resultado excelente, muito além das xpectativas.