Zeca concedeu uma entrevista coletiva nesta sexta-feira para falar sobre a sua saída do Santos (Crédito: Diário do Peixe)

Os empresários do lateral Zeca, em litígio com o Santos, postaram nota em rede social desmentindo o presidente do clube, José Carlos Peres, que na quinta-feira afirmou que o clube havia obtido liminar que obrigaria o clube que contratar o jogador a depositar uma caução de R$ 150 milhões.

“A OTB, por intermédio da sua assessoria jurídica, esclarece que não são verdadeiras as informações que vêm sendo plantadas pelo Santos FC na imprensa, no sentido de que teria sido concedida uma liminar favorável ao Santos FC que ‘garante que o clube que o contratar (Zeca) precisa assinar uma carta de crédito e, com isso, o pagamento da multa, que para o exterior é de R$ 200 milhões e interna é de R$ 150 milhões’”, diz a nota assinada pelos empresários Bruno Paiva e Marcelo Goldfarb.

Segundo os empresários do jogador, na quinta-feira, “no mesmo dia em que o sr. Peres concedeu a coletiva de imprensa, a liminar pleiteada pelo Santos FC foi indeferida, sendo certo que o juízo da 2ª Vara do Trabalho de Santos expressamente decidiu que não há necessidade de fiança bancária e nem de contratação de seguro por parte do Zeca”.
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O Santos apresentou pedido de liminar na 2ª Vara do Trabalho de Santos para que o Zeca fosse obrigado a pagar fiança bancária em favor do Santos no valor de R$ 150 milhões e a contratar seguro contra acidente pessoal, tendo o Santos como beneficiário, também no valor de R$ 150 milhões.

Os empresários de Zeca afirmam que Zeca tem o “direito de firmar contrato de trabalho com qualquer clube, no Brasil ou no exterior, sem a necessidade de pagamento de qualquer valor ao Santos. Isto porque, de acordo com decisão proferida pelo Tribunal Superior do Trabalho, decisão esta em pleno vigor, o atleta está livre para exercer livremente sua profissão.”

O Santos emitiu uma nota oficial sobre o assunto em sua página no Facebook e ameaçou entrar na Justiça contra a OTB.

Confira!

O Santos esclarece que respeita todos os seus atletas e colaboradores e, nesse sentido, cumpre integralmente todas as determinações da Justiça. Em relação ao caso Zeca, elucida que existe um processo judicial em curso sem que tenha ocorrido a audiência e, portanto, as partes ainda não foram ouvidas e as provas não foram apreciadas. É o Juiz do Trabalho que dirá se houve descumprimento ou não de normas trabalhistas, o que o clube nega com veemência. Atualmente o atleta está amparado por uma medida liminar que pode perder o efeito a qualquer momento. Se algum clube o contratar, arcará com os riscos inerentes a estes tipos de disputas. Assim, o Santos continua aguardando a sentença do litígio iniciado pelo jogador em face ao clube que o acolheu ainda quando criança e, diga-se, anteriormente aos seus representantes.
Especificamente em relação às afirmações da OTB de que o Santos descumpriu obrigações contratuais, trabalhistas e previdenciárias, é imprescindível esclarecer que é a Justiça que determinará se tais acusações levianas são verdadeiras ou não. E não são. Assim, diante de tais acusações públicas, prevalecendo a verdade dos fatos, a OTB por elas responderá criminalmente. O Santos, por entender que o caso está entregue à Justiça, não mais voltará a abordar o assunto publicamente.