O atacante André, popularmente conhecido como André “Balada”, foi anunciado recentemente como reforço do Sport. Em entrevista ao Globo Esporte, o jogador revelado no Santos comentou sobre a passagem pelo clube e falou sobre o início de carreira na Vila.
“A gente fez parte desse processo em 2008, 2009 e depois explodiu em 2010. As pessoas costumam ver futebol só quando explode, não veem esses dois aninhos que sofre. Joga ou não joga, Neymar era reserva, Ganso subia e descia para a base direto. Em 2010 a coisa aconteceu. A gente era jovem, mas já estávamos um pouquinho cascudos. A gente sabia o que queria. Esses dois anos antes foram fundamentais para nos dar experiência”, contou.
Não só conhecido pelo bom futebol, a geração do time de 2010 ficou marcada pelo grande futebol, mas antes disso acontecer, em 2009, os Meninos da Vila “sofriam” nas mãos dos mais experientes.
“A gente tinha que pedir para tomar banho para o Fábio Costa, para ir embora, tudo… O Kléber Pereira era o nosso defensor. Foi um cara fundamental não só para mim, mas para o Ganso, o Neymar. Fábio Costa era demais, judiava da gente”, disse. “Quem conheceu ele nessa época sabe que ele era bravo. Não podia sentar no armário dele no vestiário, ele ficava com o controle da televisão no refeitório. Para a gente foi fundamental. Foi um grande goleiro, tinha essa questão de ser o dono, o “presidente” do vestiário, mas ao mesmo tempo foi um cara que passou muita experiência e segurança. Os mais velhos seguravam a bronca para a gente”, completou.
O atacante, hoje com 30 anos, também falou sobre a escolha de sair do Peixe em 2010. Imaturo, o jogador lamenta algumas escolhas, mas vê tudo como aprendizagem.
“Imagina você ter 19 anos, ganhando bem, com fama e tudo isso que acontece… Por mais que meu pai e minha mãe tenham me dado educação, você desanda um pouco, né? Foi um período complicado para mim, errei muito, fiz muita besteira e paguei por isso. Esse é o aprendizado que a gente tem que ter. É o famoso “ou aprende no amor ou na dor”.
Em 2012, André voltou ao time do Santos, comandado por Muricy Ramalho. Apesar da grande expectativa, o jogador não repetiu as boas atuações de 2010.
“A segunda passagem foi um pouco mais complicada. Estava bem no Atlético-MG, mas não tinha como falar não para o Santos. Foi mais o extracampo que me atrapalhou. Estava mal fisicamente, acima do peso”, disse. “Lembro que a gente jogava muito baralho na concentração. Aí os meninos pediam japonês, MC Donalds… E eu acima do peso. Aí os caras falavam: “E aí, André, vai querer um x-salada?” (risos). No dia seguinte o Muricy dava um esporro no Neymar: “Tu fala que é amigo dele e leva ele para comer hambúrguer?”. As vezes eu vejo fotos… Que isso, estava muito gordo”, finaliza.
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