O colombiano Felipe Aguilar era um dos nomes de destaque do Santos no primeiro semestre. O zagueiro, contratado no início do ano, era figura presente nas escalações de Jorge Sampaoli, mas, nas últimas dez partidas do Peixe, jogou somente duas vezes. A última partida dele aconteceu contra o Vasco, dia 5 de outubro, quando Lucas Veríssimo teve de cumprir suspensão.
Falhas e um reforço explicam a ausência de Aguilar no time titular. As falhas aconteceram em jogos seguidos. Felipe Aguilar errou no clássico contra o São Paulo na 14ª rodada, cumpriu suspensão na seguinte, voltou contra o Fortaleza, para uma nova falha. Sampaoli ainda deu um voto de confiança ao jogador, acreditando que a má fase logo passaria, mas o escalou em apenas quatro partidas depois disso.
A chegada de mais um nome para reforçar a zaga também atrapalhou a sequência de Felipe Aguilar. Luan Peres foi contratado no meio do ano e tem sido o escolhido para formar o trio de defesa com Lucas Veríssimo e Gustavo Henrique. Luan já participou de cinco jogos desde que chegou ao Peixe. Contra o Corinthians, com a ausência de Lucas Veríssimo, Luiz Felipe foi o escolhido para entrar no time.
Felipe Aguilar tem um contrato de quatro temporadas com o Santos, que pagou cerca de R$ 15 milhões para conseguir a liberação junto ao Atlético Nacional (Colômbia).
Num esquema normal, de dois laterais, dois zagueiros e dois volantes na frente da defesa, o Aguilar até pode jogar. Agora, nesse esquema do Sampaoli em que todo mundo avança, o Aguilar não dá certo, porque é lento. Para piorar, o companheiro de zaga, o Gustavo Henrique, também é lento. Não dá para colocar os dois juntos. Aliado a isso, tem a falta de equilíbrio emocional. O Aguilar quando erra, fica totalmente perdido e desanda a fazer besteiras em série. Quando está abalado, erra passes de menos de um metro e da contra ataque para o adversário. Como o sistema de jogo do Sampaoli não permite que zagueiro de chutao para longe do gol, basta que o atacante adversário faça marcação alta para que o Aguilar, último homem da defesa, entregue a rapadura. Jogador para jogos fáceis, sem o peso de buscar resultado. Pode vir a ser destaque no paulistinha (apenas no paulistinha, contra times devterceira divisão). Ainda bem que “só” custou 15 milhões.