O médico Jorge Merouço, chefe do Departamento Médico do Santos, também pediu demissão do cargo no Santos. A debandada começou na última quinta-feira com a saída de Carlo Alba, que fez duras críticas ao DM e à contratação do atacante Felippe Cardoso.
Após a saída de Alba, outra polêmica surgiu: o tratamento do zagueiro Lucas Veríssimo, que teria recebido um diagnóstico do clube e outro de um médico especializado em São Paulo, sendo adotado o procedimento da Capital: uma órtese, espécie de imobilizador, colocado no joelho.
Merouço revelou com exclusividade ao Diário do Peixe a intenção de sair e o pedido do Santos para que ele termine o ano à frente do departamento. Ele ainda não decidiu se aceitará seguir no clube até o final da temporada.
Diante dos recentes acontecimentos e das críticas feitas ao departamento por ele comandado, Merouço desabafou ao Diário do Peixe. Confira na íntegra:
“Saio com muita tranquilidade, com objetivo alcançado, mas pelo bem da entidade, que não merece isso. Esse senhor (Carlos Alba) resolveu falar de coisas que internamente ele não citava, mas tudo bem, sou santista e não tenho vaidade. Trabalho pelo bem do clube. Erros e acertos todos cometemos. Por uma força divina e graças aos preparadores físico que conduziram um trabalho excelente não tivemos muitas lesões. É vida que segue tanto no campo quanto no DM. A instituição não merece isso”, afirmou Merouço.
O profissional fez um balanço do trabalho do Departamento Médico do Santos nesta temporada e considerou o desempenho bastante positivo. O Santos tinha um histórico negativo de lesões e permanência de atletas no DM há algumas temporadas.
“O DM nesse semestre conseguiu muitas coisas boas. Passamos o ano com o menor índice de lesões da série A. Semana passada tivemos um problema com o Veríssimo, que não é cirúrgico, e um estiramento no Luiz Felipe, que por estarmos em final de temporada, é absolutamente comum. Recuperamos o Bruno Henrique dentro do que poderia ser recuperado. Passamos esse ano com um grupo pequeno, mas que não teve tantas baixas, é só comparar com os outros times. Tudo isso que aconteceu tem uma razão. Os outros times tem mais médicos. Nós fazíamos a cobertura de base e profissional e quando o Santos sai tem que ter um médico representando. Só no último mês tive 12 campeonatos. Só o Alba não queria fazer os jogos da base”, analisou.
O profissional reclamou dos constantes vazamento de informações sobre o departamento médico do Peixe.
“Mesmo assim, o DM sempre foi a grande notícia. Mesmo sem ninguém, quando entrava um jogador, já virava notícia. Informações eram passadas e nós sabíamos por quem. Gostaria muito de saber as lesões dos outros times, até sei, mas é sigiloso. No Santos não: é notícia principal”, afirmou.
Realmente nesta temporada o índice de afastamento por lesões foram pequeno, mas em anos anteriores foi maior, ex. Gustavo Henrique, Luís Felipe, Ricardo Oliveira….
Este ano a mais longa e mais séria foi a do Bruno Henrique.