O Santos divulgou na tarde desta sexta-feira as atas das reuniões do Comitê de Gestão. O principal destaque foi a discussão sobre a contratação do técnico Ariel Holan, que teve três votos contrários e seis favoráveis. Os votos contrários foram de Walter Schalka, José Berenguer e Rafael Leal.
Reunião 7 – Dia 1 de Fevereiro
Além de contratações e demissões para a área administrativa, a reunião aprovou a contratação de três atletas para a equipe sub-20: Rwan Philipe, Victor Braga e Kaio Henrique.
Na reunião, os gestores informaram que a única pendência que ainda gera o Transferban na Fifa é a dívida com o Huachipato pelo atacante Soteldo e que Walter Schalka permanecia em contato com os dirigentes.
Reunião 8 – Dia 8 de Fevereiro
O Santos pagou 28 mil francos suíços (cerca de R$ 165 mil) para apelar na Fifa em relação à dívida com o Krasnodar, da Rússia, pela contratação de Cueva. Além disso, foi aprovado o parcelamento de uma dívida com o Clube Atlético Hermann pelo mecanismo de solidariedade da contratação de Leandro Damião. Também foi aprovado o empréstimo de Romário ao Coritiba, sendo que o Santos segue pagando 50% dos salários.
Reunião 9 – Dia 21 de Fevereiro
Reunião feita para deliberar sobre a contratação de Ariel Holan. O presidente Andrés Rueda explicou que o acordo custaria R$ 100 mil mensais a mais do que a comissão técnica de Cuca, além de o Santos ter de pagar metade da multa do treinador com a Universidade Católica. Foram seis votos favoráveis e três contrários. Vejam as explicações:
Ricardo Campanário: Eu entendo que a posição de técnico é uma das poucas em que devemos fazer algum esforço, mesmo fora de nossas aparentes possibilidades financeiras. Apenas enfatizando, minha preocupação é a estruturação de uma de nossas duas principais fontes geradoras de receitas nos anos 2 e 3: o processo gerador de atletas na base. Junto com a exploração da marca são os 2 únicos caminhos que nos restam para a retomada do ciclo de crescimento. Entendo que a posição de técnico profissional é fundamental para alavancar este processo e, inclusive, que este é o maior desafio de quem vier. Maior até do que nossa performance em campo em 2021. Dito isso e sob o prisma estratégico no médio prazo, mesmo levando em conta o impacto financeiro no curto prazo, voto a favor da proposta acima.
Walter Schalka: Pessoal, boa noite! Assumimos um compromisso com o eleitor para equilibrar o orçamento real do Santos. Não temos caixa, crédito e, além do bloqueio geral da Doyen, temos o ban da FIFA em vigor – e outros vindo. Acho muito ruim repetirmos o que outras gestões fizeram. Sou contra a aprovação de despesas reais sem ter a contrapartida assegurada. E mais, não dá para aceitar a multa e ainda pagar a multa do clube anterior. Meu
voto é contra.
José Berenguer: Amigos. Sou também desfavorável. Não dá para gastar o que não temos.
Vitor Sion: Estou de acordo com a contratação. Pesquisei com profundidade a trajetória do Ariel e creio que ele é uma peça fundamental para nosso projeto, com integração ainda maior com a base e redução de custos no futebol nos próximos meses sem perder a competitividade. Com isso, considero que o Ariel seria um investimento importante.
José Carlos de Oliveira: Prezados senhores, em que pese a situação financeira que vive o clube, bem como a necessidade de redução de nossas despesas para adequar com as nossas receitas, entendo que a contratação de um técnico de primeiro nível, mesmo com um aumento de pouco mais de R$ 100 mil em relação à atual comissão técnica, não enxergo isso como despesa, e sim como um investimento num time repleto de jovens talentosos, mas que precisam ser lapidados. Essa contratação, no meu entendimento, traz menos riscos (econômicos e de imagem) que uma solução caseira. Nos curto e médio prazos, uma solução caseira poderá nos trazer danos irreparáveis. Além disso, um treinador desse quilate nos deixará em evidência na mídia em todo mundo, assim como aconteceu com Sampaoli. Diante do exposto, sou favorável à contratação do técnico e sua comissão na forma proposta.
Dagoberto Oliva: Perfeita a análise do José Carlos. Concordo integralmente com a fala e com a contratação do treinador.
José Renato Quaresma: Dentro do que estamos pensando para o time de futebol, em questões de tática, potencialização de atletas para futuras vendas, e um técnico que segure a carga do futebol para aliviar o trabalho do setor administrativo, eu entendo que temos que apostar no “maestro” da orquestra, caso contrário podemos ter muitos músicos desafinados. Somos sabedores das necessidades financeiras do clube, e teremos todos que correr atrás de soluções. Eu estou de acordo com a contratação.
Rafael Leal: Boa noite! Nossa prioridade nesse momento deve ser a busca pelo equilíbrio orçamentário. Óbvio que a posição de técnico comporta um esforço, mas conceitualmente não podemos gastar mais do que o Cuca ganhava. Além disso, a multa já tínhamos conversado que não poderia existir no contrato. Em paralelo, insisto que precisamos iniciar a redução da folha do futebol e de todos demais setores. Sou contra.
Andres Rueda: Concordo que temos que reduzir e muito nossas despesas e, com certeza, o faremos, porém, nesta altura, com um time recheado de promessas, ter um técnico que consiga extrair o melhor deles representa um investimento a médio prazo. Que venha o técnico e que sejamos competentes para a curto prazo equilibrar as contas recorrentes.
Reunião 10 – Dia 22 de Fevereiro
A reunião tratou do planejamento estratégico do clube, da renegociação de empréstimo com o BMG, aprovou por unanimidade a demissão do ex-volante Renato, além de não reconhecer uma suposta participação do empresário “Luizinho” de 10% na venda de Diego Pituca. Embora o empresário tenha apresentado do Dr. Tremura, gerente jurídico na época, indicando confirmar tal acordo. O presidente explicou que, sem uma formalização contratual, não poderia liberar o pagamento.
Sigo o relator, na necessidade de enxugar os custos, porém a contratação de um técnico, que tem um potencial diferenciado para trabalhar com jovens atletas, com respaldo de tecnologia e de uma paradigma diferente do usual que se trabalha no Brasil, trazer o Ariel Holan, nunca poderia ter sido visto como um gasto, mas sim, como um investimento.
“O Santos pagou 28 mil francos suíços (cerca de R$ 165 mil) para apelar na Fifa em relação à dívida com o Krasnodar, da Rússia, pela contratação de Cueva”
Mas o Pachuca não havia sido condenado? Daí recorreu no TAS, mas não precisa pagar… e o Santos precisa? O jogador sai e não paga nada, o clube que levou o jogador sabendo do problema também não?
Pelamor essas gestões aí… tinha alguém profissional lá?
O Santos precisa ter um tecnico compatível para que os jogadores conheçam e aprendam como foi com o Sampaoli.
Sou a favor da contratação e com certeza se Holan puder dar casca ao Angelo, Pirani e demais jovens com certeza será a salvação financeira do clube que precisa achar uma venda como a do Rodrigo para equilibrar as finanças e tirar o time do Abismo criado por Odilio, Modesto e Peres .