Wilson Seneme analisou pênalti do Santos (Crédito: Reprodução)

O chefe de arbitragem da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Wilson Seneme, analisou o lance de pênalti marcado ao Santos na vitória sobre o Goiás por 4 a 3, na Vila Belmiro, pela 14ª rodada do Brasileirão no último domingo (09), no programa Papo de Arbitragem. Ele afirma que a entidade vê erro claro e confirmou que o árbitro Bruno Arleu de Araújo será afastado das escaladas.

Bruno Arleu deu a penalidade máxima ao Peixe em uma jogada de bola área nos acréscimos em um lance envolvendo o zagueiro Joaquim, do Santos, e do camisa 3 do Goiás, Lucas Halter. O confronto estava empatado em 3 a 3, e o atacante Mendoza converteu o pênalti ao Alvinegro que venceu por 4 a 3.

O vice-presidente do Goiás, Harlei Menezes, fez um pronunciamento oficial após o confronto deste domingo e reclamou bastante da decisão tomada por Bruno Arleu.

“Estamos mostrando o lance do final do jogo, extremamente difícil e equilibrado. Se nota que é uma bola que vai ser alçada na área e o árbitro já se posiciona de frente para a ação, como é feita a instrução. Ele deixa de olhar inclusive a trajetória dessa bola para ficar focado no bloco de jogadores e estar atendo a disputa”, afirmou Seneme.

  • Bruno Arleu de Araújo: Você fora da jogada empurrou ele, sai, o camisa 3
  • Bruno Arleu ao VAR: Ele faz uma carga
  • Equipe de VAR: Checando aqui
  • VAR: Arleu, recomendo um não penal ombro com ombro, ok? Ação normal de área, pode justificar para ele. Disputa lateral que pega o ombro com o ombro
  • Bruno Arleu: Igor, olha só. A bola não está no contexto de disputa, ela ainda está viajando e o atleta 3 vai no corpo do adversário. O ombro a ombro é justificável há uma distância que a bola está em disputa e no lance ela não está. O 3 vai só no corpo.

“O que a gente escuta é que desde o começo, a construção e a comunicação do árbitro é muito igual a construção do lance analisado entre Palmeiras e Flamengo. O árbitro interpreta a ação. Só que na nossa visão, nesse caso específico, é uma interpretação que não foi legal, bem uma boa interpretação que foi correta. Para nós essa situação ombro a ombro, apesar de não haver a presença ainda da bola, entendemos futebol, é uma bola viajada e o defensor está marcando o território. Quando ele joga o ombro, ele não jogou o braço ou empurrou. Na nossa visão, ombro a ombro no adversário com uma força proporcional. O árbitro de vídeo conseguiu identificar, mas o Bruno Arleu não”, reforçou o chefe de arbitragem.

“Nós entendemos sim que é um erro, o pênalti não deveria ter sido marcado. É uma jogada que colocamos em um grupo de onze instrutores e foi unânime. Os onze instrutores entenderam como não pênalti. A gente tem a caracterização de um erro claro do arbitro e de uma interpretação errônea. Por isso, ele é chamado a revisão. Precisamos trabalhar e muito. Um jogo de alto nível e é um árbitro internacional, precisamos trabalhar ele. Ele vai estar passando pelo programa de desenvolvimento da arbitragem para que ele possa se recuperar disso”, concluiu.

Confira a arbitragem de Bahia e Santos:

  • Árbitro: Bruno Arleu de Araújo (FIFA) – RJ
  • Árbitro Assistente 1: Rodrigo Figueiredo Henrique Correa (FIFA) – RJ
  • Árbitro Assistente 2:Eduardo Goncalves da Cruz – MS
  • Quarto Árbitro: Douglas Marques das Flores – SP
  • Assessor: Vidal Cordeiro Lopes – BA
  • Árbitro de Vídeo: Igor Junio Benevenuto de Oliveira (VAR-FIFA) – MG
  • AVAR: Marcus Vinicius Gomes – MG
  • Assistente de Árbitro de Vídeo 2: Jose Mendonca da Silva Junior – PR
  • Observador de VAR: Alicio Pena Junior – MG

Leia também: