Soteldo sofreu pênalti nos minutos finais do clássico contra o Corinthians (Crédito: Reprodução)

O presidente da comissão de arbitragem da CBF, Wilson Seneme, avaliou que o pênalti marcado para o Santos no clássico do último domingo, diante do Corinthians, foi interpretativo e absolveu o árbitro Anderson Daronco pela marcação da penalidade, convertida pelo colombiano Mendoza.

No programa Papo de Arbitragem, divulgado pela CBF toda terça-feira, Wilson Seneme considerou a jogada como a mais interpretativa da rodada.

“Esse foi o lance mais interpretativo da rodada. Temos dois aspectos a serem analisados. Um deles é a regra do jogo. A regra faculta ao árbitro a interpretação. Temos duas perguntas fundamentais: quem tem a posse de bola e quem joga. Quem joga e quem propõe o contato. No lance vemos quem propõe a jogada é o atacante e quem propõe o contato é o defensor”, afirmou Seneme.

O lance do pênalti aconteceu nos minutos finais do clássico. Soteldo recebeu na área e passou pelo uruguaio Bruno Mendez e aconteceu um contato entre os dois. Daronco não marcou pênalti por, segundo ele, estar com a visão encoberta. Ele foi chamado pelo árbitro de vídeo, Wagner Reway, para revisar a decisão e mudou de ideia.

Péricles Bassols, gerente técnico do VAR, ainda explicou que o árbitro Anderson Daronco “abriu uma janela” para a atuação do árbitro de vídeo mesmo em um lance interpretativo.

“Esse é um lance incomum. O árbitro abre uma janela para a possibilidade dele ir revisar. Ela fala – Reway, eu não vi nada, estou encoberto – Se tem pisão, eu quero ver. A partir daquele momento, quando ele diz caso tenha havido um contato, e houve o contato, ele quer ver. O Reway faz a análise e entende que fazia sentido o que o Daronco estava pedindo”, explicou Bassols.

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