Projeto foi apresentado este ano (Crédito: Reprodução)

O Dia D para o projeto da Nova Vila será no dia 20 de abril. A informação foi confirmada pelo CEO da WTorre, Luis Davantel, em entrevista exclusiva ao DIÁRIO DO PEIXE. Nesta data, o arquiteto Luis Volpato irá apresentar os detalhes do projeto arquitetônico a uma comissão do Conselho Deliberativo e os executivos da empresa apresentarão o modelo de financiamento da obra e de divisão de receitas ao Comitê de Gestão.

Davantel deixou claro que os estudos feitos pela empresa garantem a viabilidade do projeto e uma receita significativa para o clube. Ele garantiu que vai animado para a reunião do dia 20 e que a chance de a Nova Vila construída, de fato, é bastante grande.

“É duro quantificar, mas em uma estimativa conservadora eu falaria em 70% de chances. A gente está bastante animado. A gente acredita que os números, a estrutura do negócio, a lógica de toda parte conceitual tem muita adesão com o financeiro. Faz muito sentido. É um projeto de uma grande magnitude, você precisa ter uma grande preocupação com todos os players envolvidos. O Santos é o principal, mas a gente se preocupa também com os investidores. É um projeto que precisa ser rentabilizado dentro dos parâmetros do mercado. A gente tem certeza que os números farão sentido para o Santos, mas existe expectativa de todas as partes e elas precisam ser correspondidas. A proposição que vai ser feita está dentro dos parâmetros de mercado, respeitando a grandeza do Santos. Estou indo muito otimista para a reunião do dia 20”, afirmou Davantel.

Santos e WTorre conversam sobre o projeto desde o ano passado. Ainda na gestão de José Carlos Peres, o clube e a empresa assinaram um Memorando de Intenções para tentar aprovar o projeto em 180 dias. A sequência das conversas foi aprovada pelo Conselho Deliberativo ainda em 2020. No início de março, os executivos de março tiveram a primeira reunião formal com o novo Comitê de Gestão do Peixe e a discussão foi considerada positiva.

Desde a última reunião, a WTorre intensificou os estudos sobre o valor da obra (estima-se em algo na casa de R$ 230 milhões) e no modelo econômico. Luis Davantel afirmou que esse processo construiu um projeto ainda mais viável.

“Os números estão melhores em relação ao que a gente tinha, temos mais segurança, as premissas estão muito consolidadas, estamos muitos seguros da nossa capacidade interna. As reuniões que tivemos como Rueda, com as pessoas do clube, sinalizaram que estamos em linha, que é o momento certo. Essa conjunção de fatores nem toda a hora a gente consegue. As coisas precisam ser boas para todos os lados e acredito que conseguimos isso”, afirmou.

A WTorre acredita que a Nova Vila pode dobrar a média de público do Santos (que é de cerca de 11 mil torcedores), além de multiplicar por quatro o ticket médio. Ou mais.

“No caso do Santos, pode ser que a gente tenha uma surpresa maior pela característica do projeto. Vai ser um estádio com uma ocupação média superior a dos outros. No caso do Allianz a ocupação está em torno de 80%, no caso do Santos eu acredito que estará acima dos 90%. Estamos falando de um público médio de mais de 20 mil e com o ticket médio podendo subir quatro, cinco, seis vezes”, analisou.

Além dos jogos, a Arena terá shows e outros eventos. Os parceiros tentarão vender os Naming Rights da Arena. Durante o prazo do acordo (35 anos), toda a administração será feita pela WTorre e o Santos terá um percentual sobre todas as receitas.

“A gente gostaria que tivesse evento todos os dias. Mas a gente pretende ter de 70 a 100 eventos de portes diferentes acontecendo na Arena por ano”, afirmou Davantel.

Se o Comitê de Gestão aprovar as premissas do negócio, ele será levado para a votação no Conselho Deliberativo. Depois disso, o presidente Andres Rueda ainda pretende ouvir a opinião dos sócios. Entre prazos de aprovações internas e externas (como a Prefeitura), a WTorre acredita que serão seis meses para o início das obras.

“Depois do sinal verde na reunião do dia 20, e vou desconsiderar as aprovações internas, a gente tem seis meses de aprovações para começar a obra. Durante a fase de aprovações do projeto, a gente faz sondagem. O tempo de aprovação não é perdido, dá para fazer estudo de solo, etc. Se não aparecer algum problema, acho que 24 meses para a conclusão das obras é um prazo exequível”, afirmou Davantel.