O Comitê de Gestão afastado do Santos emitiu um comunicado na noite desta quarta-feira. No texto, os dirigentes afirmam terem deixado R$ 10 milhões reservados nas contas Santos, que seria destinado ao pagamento de salário do próximo mês, além da primeira parcela do reembolso dos meses de futebol parado.
O intuito do comunicado foi deixar claro que administração afastada já tinha garantido a quantia necessária para os pagamentos e cobrar que sejam utilizadas para esses fins. Confira a nota:
“O Comitê de Gestão do Santos Futebol Clube, legalmente eleito e aprovado pelo egrégio Conselho Deliberativo, esclarece que antes do afastamento provisório do então presidente do Comitê de Gestão, José Carlos Peres, decidido em reunião virtual do Conselho Deliberativo, que aprovou o parecer da Comissão de Inquérito e Sindicância, foi deixada a quantia de R$ 7 milhões em caixa, destinados para folha de pagamento e o reembolso da redução salarial dos atletas em meio à quarentena. Esses recursos foram provenientes da venda de jogadores e receitas diversas, mais R$ 3 milhões provisionados do contrato da Turner. Um total de R$ 10 milhões. Esperamos que esses recursos tenham o emprego conforme planejado (folha + reembolso)”.
Além de Peres, foram afastados do clube sete membros do Comitê de Gestão: Anilton Perão, Bruno Carbone, Estevam Juhas, Fábio Gaia, Matheus Rodrigues, Paulo Schiff e Pedro Dória. O processo isentou o vice-presidente Orlando Rollo de qualquer responsabilidade pelas irregularidades apontadas pelo Conselho Fiscal no ano de 2019. Ele assumiu a presidência nesta terça.
Na noite desta quarta-feira, Orlando Rollo reuniu representantes de várias chapas para a eleição do Santos, membros de comissões do Conselho e até mesmo de torcidas organizadas para apresentar a situação financeira do clube e apontou a necessidade de pagar R$ 52 milhões até o dia 13 para evitar novas punições na Fifa e R$ 150 milhões até o final do ano.
Mal dá para honrar os salários do mês que terminou. Quanto à possível perda de pontos pelos calotes, nenhum pronunciamento, nenhuma justificativa. Como é que deixaram chegar a essa situação de insolvência, “vendendo almoço para pagar o jantar”? Mesmo com o caixa quebrado em caquinhos mais finos do que pó de vidro para cerol, os gestores queriam Elias, Matheusinho, Thaciano, Robinho, Ricardo Oliveira, Welison. Enquanto tivesse crédito, a administração do Santos FC ia torrando tudo em contratações duvidosas, mesmo estando a descoberto.