Atacante ficou fora de alguns treinos durante o Campeonato Paulista e chegou a ser poupado na semifinal da competição (Crédito: Ivan Storti/Santos FC)

No início da temporada, durante o Campeonato Paulista, o atacante Rodrygo, de apenas 17 anos e vivendo seu primeiro ano como profissional, chegou a ser poupado de vários treinos e inclusive do primeiro jogo das semifinais contra o Palmeiras, quando entrou na segunda etapa. A preocupação da comissão técnica era com o exame de CK, que mede a propensão do atleta a se lesionar e vinha sempre alto.

“Rodrygo disputava competição com garotos da idade dele até ano passado. São apenas 40 minutos e só joga no final de semana. É um garoto que joga contra homens, assim o desgaste dele é muito maior porque ele tem que fazer um esforço para bater jogadores que já tem a formação pronta. Trabalhamos não só a parte de ganho de massa magra, como também a parte psicológica”, explicou Ednilson Sena, preparador físico do Peixe, em entrevista exclusiva ao Diário do Peixe.

No entanto, o Santos descobriu que o nível de CK alto é “normal” para o jogador. Segundo o fisiologista Luis Fernando, como ainda não existiam dados de CK do atacante Rodrygo, foi necessário iniciar um histórico para a nova joia santista.

“As pessoas entendem meio mal a CK. Ele pode dar alto em um atleta mesmo ele não tendo um desgaste muito acima do normal pra ele. Temos que ter um número padrão de cada atleta pra saber, a partir dali, se ele tem um desgaste maior ou não. Como o Rodrygo é um atleta novo, a gente ainda está estabelecendo um padrão pra ele para podermos dizer com segurança se a CK alta é normal e se isso não representa um maior risco de lesão”, explicou Luis.

Com os exames apontando uma CK alta, Rodrygo foi poupado de treinamentos por precaução. Ainda é necessário ter mais dados, mas agora o Peixe já entende melhor a característica particular do atacante.

“Já sabemos que é um atleta que tem um desgaste maior, certamente pelo estilo de jogo dele e pela característica individual. Então, quando a CK vem em um nível muito grande de um atleta que nunca teve, a gente liga o alerta, quando é um atleta que apresenta sempre esse tipo de dosagem, temos que olhar com outros olhos e monitorar para ver se não sai daquilo que a gente espera”, esclarece Luis.