Bauermann foi acusado de receber dinheiro para receber cartão amarelo (Crédito: Raul Baretta/ Santos FC)

O Santos ligou um forte sinal de alerta interno clube após o caso divulgação de novas informações sobre a Operação Penalidade Máxima II, que investiga um esquema de manipulação de resultados em jogos do Campeonato Brasileiro. Segundo o MP, zagueiro Eduardo Bauermann aceitou ao menos R$ 50 mil para receber cartão amarelo na partida contra o Avaí e, posteriormente, cartão vermelho contra o Botafogo.

Inicialmente, o defensor negou qualquer tipo de envolvimento e seguiu atuando normalmente. Após o jogo contra o Audax Italiano, o zagueiro repetiu o discurso. Em nota divulgada no dia 19 de abril, o Santos defendeu o atleta e chegou a dizer que “confiava plenamente em seus atletas.

Com novas informações do caso, o clube mudou completamente de postura. Em reunião realizada na manhã desta terça-feira (9), no CT Rei Pelé, o Santos pediu explicações ao defensor. Bauermann passou a maior parte do tempo de cabeça baixa. A decisão foi o afastamento imediato.

O DIÁRIO DO PEIXE apurou que, preocupado com o novo caso, o Peixe encaminhou uma “circular interna” falando sobre apostas, manipulação de resultado e a investigação atual. Em junho de 2022, o Santos foi manchetes de jornais por conta de um funcionário que teria se envolvido em apostas.

À época, o presidente Andres Rueda convocou uma coletiva de imprensa para informar que o preparador de goleiras das Sereias da Vila, Fabricio de Paula, foi demitido após tentar subornar uma jogadora do Red Bull Bragantino, em uma partida válida pelo Campeonato Brasileiro Feminino daquele ano.

Segundo informações divulgadas pelos clubes envolvidos, a atleta foi contatada por meio de mensagens, com uma proposta de suborno para acontecer um “placar elástico” ainda no primeiro tempo, como detalhou o presidente Andres Rueda.

O Red Bull Bragantino, time da jogadora que notificou o suborno, encaminhou uma nota para imprensa confirmado o caso. O clube informou que a atleta recusou a proposta.

No mês seguinte, o preparador abriu um processo contra o Santos e o presidente Andres Rueda. Os representantes do profissional exigiam que o Santos explicasse como chegou a conclusão sobre as afirmações de manipulação de resultado. Fabricio de Paula alegou que o clube não deu qualquer explicação sobre o ocorrido.

O julgamento aconteceu em agosto. O STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) decidiu multar em R$ 20 mil e suspender por 180 dias o preparador de goleiras Fabricio de Paula. A defesa do profissional busca a anulação da sentença na justiça cível do Rio de Janeiro.

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