Diogo Castro é o coordenador da logística do Santos desde 2015. A área é ligada ao dia a dia do elenco profissional masculino do clube e é marcada por decisões que podem ser decisivas desde as viagem, horários, tipo de transporte ou na hospedagem. Ele também cuida da parte administrativa do futebol como as documentações de jogos e dos atletas e participação em reuniões das competições disputadas.
Além disso, o profissional coordena a rotina do CT, como a programação semanal, cuidado com a concentração, incluindo horários que devem ser seguidos rigorosamente e até mesmo manutenção de áreas ligadas ao complexo.
“No começo não foi fácil. São muitos detalhes, muita responsabilidade, com todos os processos que a gente faz, mas sempre com muita segurança e a certeza do que está fazendo para que tudo ocorra bem”, afirma Diogo. “Na verdade, tudo é bem complexo, visto que programar os horários, tempos de trajeto, com muitas variáveis que podem ocorrer, são os pontos mais difíceis de controlar”, comentou.
Ele explica que planificar cada jogo, cada cidade a ser visitada é também uma questão de controle emocional. Tudo precisa ser checado desde a temperatura na cidade do jogo; se está chovendo, frio ou calor na chegada; a temperatura e previsão do tempo na hora da partida; o horário de chegada no estádio.
“Não podemos ter nenhum tipo de atraso, pois podemos sofrer multas. Cronometrar o tempo de intervalo de 12 minutos em competições da Conmebol e 13 minutos nas competições da CBF e Federação Paulista”, comenta. “A temperatura interfere no material que levamos, como agasalhos. Outro exemplo são os horários de concentração; as refeições em colaboração com os nutricionistas do clube; trajeto entre o estádio e o hotel”, exemplificou.
Entre os processos feitos nas viagens, o primeiro considerado é a localização e expertise da rede hoteleira, também a distância entre o hotel e o estádio. O planejamento de uma viagem começa com a publicação da tabela dos jogos. A partir daí já começa o estudo do roteiro, baseado na distância, sendo aéreo ou rodoviário. No caso de avião, Santos tem a particularidade do deslocamento até o aeroporto.
“São vários detalhes, até mesmo o andar que ficam os atletas, pensando na segurança”, relatou.
Segundo Diogo, atualmente o mais difícil no planejamento são as viagens aéreas. Depois da pandemia, os voos comerciais ainda têm horários mais restritos e a contratação de fretados está cada vez mais complicada por falta de tripulação. E falando em pandemia, esse foi um período que a dificuldade ganhou um grau de dificuldade muito maior.
“Os processos imigratórios nos países em competições internacionais, com muitos protocolos e documentos necessários. As operações ficaram ainda mais detalhadas e severas, sendo que cada país tinha sua regra e procedimentos”, recordou.
Atualmente, o coordenador dá aulas sobre o segmento tanto na Confederação Brasileira, quanto na Federação Paulista, e está sempre querendo se aprimorar. Para chegar ao estágio atual, passou por “perrengues”. Um deles, foi durante a pandemia.
“Fomos num jogo na Argentina e no teste feito no aeroporto, dois atletas estavam positivos. Tivemos de providenciar o transporte em um voo fretado sanitário. Esse trâmite foi muito trabalhoso”, contou.
Na ocasião, as autoridades da Argentina exerceram um processo bem complexo de liberação dos atletas e eles tiveram de ficar em Buenos Aires, em isolamento, no quarto do hotel, junto com um representante médico do Santos.
“Junto com autoridades brasileiras, fizemos o transporte de volta dos atletas e o representante para o Brasil, para que não fosse necessário realizar quarentena e o tratamento na Argentina. Os custos dessa operação foram altos, mas conseguimos resolver tudo em apenas dois dias”, complementou.
Para Diogo, uma das grandes complexidades de logística fica na escolha de hospedagem em cidades que não ficam nas capitais. Nesse caso, é preciso atenção na escolha e junto o transporte rodoviário.
“Temos de encontrar os melhores lugares para realizar os treinos dos atletas, com o alinhamento da comissão técnica. Aliás, sempre deixamos claro as dificuldades que vamos enfrentar. No geral, enviamos uma pessoa antes para que ela fique em contato e passe todo o cenário do local, garantindo que não vamos enfrentar nenhum tipo de ‘surpresa negativa’, portanto, temos de estar à frente de possíveis problemas”, ressaltou.
O profissional também fala sobre o quão é necessário jogar junto com vários parceiros para que tudo ocorra bem. Entre eles, o pessoal do receptivo e dos hotéis e sobretudo os roupeiros, seguranças, massagistas do time, que são seus apoios nessas viagens.
“A competência de todos garante um resultado positivo. Então eu fico muito satisfeito, feliz e agradecido por todos eles, que fazem o trabalho com grande comprometimento e muita competência. O sucesso deles é o meu. Dependo de todos para que meu trabalho seja realizado, para a gente ter êxito. Eu agradeço e dependo 100% de todos eles”, reconhece. “Sou muito feliz e satisfeito, sabendo que todo o planejamento, organização e execução saiu como a gente previu”, completou.
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ISSO MOSTRA AO TORCEDOR O QUANTO E IMPORTANTE AJUDAR O CLUBE NA PARTE FINANCEIRA NAO E SO.SALARIO DO JOGADOR E GASTO ALTO COM A MANUTENCAO DE UM.TODO…. POR ISSO PRECISAMOS CADA DIA MAIS AJUDAR O CLUBE COMPRANDO SEUS MATERIAIS FICANDO SOCIO INDO AOS JOGOS E LOTANDO O ESTADIO E TUDO MAIS QUE O CLUBE PRECISAR..PARABENS A TODOS QUE SE DEDICAM AO SANTOS FC…