Conselho Fiscal questiona contrato feito com o ex-técnico Ariel Holan

Holan estreou perdendo por 4 a 0 para o São Paulo (Crédito: Ivan Storti/Santos FC)

Na reunião do Conselho Deliberativo do Santos, realizada nesta quinta-feira, pela primeira vez de forma aberta e transmitida para o associado, através do portal do Sócio Rei, pela plataforma do Zoom, foi discutida a situação contratual do ex-técnico santista, Ariel Holan.

A observação que o Conselho Fiscal do Santos contesta está no relatório contábil administrativo do primeiro trimestre. A Universidad do Chile, clube que Holan trabalhava antes de se transferir ao Peixe, foi pago a multa rescisória de 55 mil dólares (R$ 278 mi), mas, após o pedido de demissão do argentino, o Santos abriu mão do valor da rescisão.

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Outro problema foi que além de não receber nada após a saída de Ariel Holan, coube ao clube arcar com as rescisões dos demais membros da comissão técnica: Victor Bernay, Matias Cammareri e Diego Giacchino

Confira o trecho do relatório do Conselho Fiscal.

“O Conselho Fiscal não faz juízo de valores, porém, em nosso entendimento, mais uma vez, salvo melhor juízo de nossa parte, estes contratos e destratos foram mal redigidos e elaborados. No nosso entendimento, quando se contrata um técnico de futebol, juntamente com sua comissão técnica, os contratos devem ser amarrados, salvaguardando sempre os direitos do clube. Exemplo: no caso de pedido de demissão por parte de um técnico, a multa contratual do mesmo deve ser igual a multa de demissão de toda sua comissão técnica, prevendo assim o caso de que estes funcionários não peçam demissão.
No caso especifico da contratação deste técnico pelo período de 01/03/2021 a 31/12/2023, o Santos arcou com a multa rescisória do mesmo junto ao seu antigo clube no valor de U$ 55.000,00, porém, com seu pedido de demissão, além de termos aberto mão da multa rescisória, arcamos com o pagamento integral da multa dele com seu ex-clube integralmente e não proporcionalmente ao período que laborou conosco como seria o lógico e justo, sem contar que arcamos com a rescisão de toda a sua comissão técnica”.