Cuca se despediu do Santos neste domingo (Crédito: Ivan Storti/Santos FC)

No seu último jogo como comandante do Santos, Cuca foi para entrevista coletiva já refletindo sobre o seu trabalho no clube, em sua terceira passagem. Para o treinador, o balanço foi positivo, especialmente pela relação com os jogadores.

“Eu saio muito contente com o trabalho. Árduo e difícil, mas ao tempo muito compensatório. As coisas foram feitas com prazer como falei na apresentação. Sentia que era lugar para aparecer o trabalho e apareceu. Jogadores foram ponta firme em todos os sentidos. Formamos uma família. Brotaram muitos filhos, meninos (risos). Foram amadurecendo dentro das competições, chegando à final da Libertadores perdida em um lance e muito próximo do objetivo que é ficar na próxima Libertadores”.

Cuca também lembrou os grandes momentos do Santos dentro de campo e disse não se perdoar por alguns erros, citando inclusive o caso de expulsão contra o Palmeiras.

“Foi um trabalho prazeroso. Ele é muito cansativo em todos os sentidos porque eu me cobro muito. Perdoo todo mundo, mas não me perdoo. Sempre busco motivo por não ter feito isso ou aquilo, ter sido expulso, colocar esse ou aquele. Sou assim e não adianta. Foi um dos melhores trabalhos da minha profissão porque jogamos grande futebol em alguns momentos, como Boca e Grêmio. Isso deixa a gente feliz”.

Por fim, Cuca falou sobre o legado que esta temporada deixa no Santos, pelos jogadores terem se envolvido com o clube, deixando claro que isso é do grupo e não dele.

“Legado é o ambiente que formamos. Não é fácil formar ambiente dentro desse contexto. Graças a Deus tudo está se equalizando. Esse pessoal abraçou o Santos com amor. Ganhamos jogos importantes e vimos a felicidade no vestiário, cantando hino do clube. Não é legado que eu deixei, mas eles deixam e torcedor deve abraçar sempre. Em cada lugar, um novo aprendizado”.

Análise

Cuca também fez a análise da sua última partida no comando do clube. Para o treinador, cada tempo foi dominado por uma equipe. Ele também espera ter feito o suficiente para garantir o Santos na Libertadores.

“Falei para o árbitro se não foi mão, mas ele disse que foi fora da área. Primeiro tempo eles foram melhores. No segundo a gente foi melhor. Fluminense se defendeu muito bem. Tivemos a fortuna de colocar o Jean e na primeira bola já ser o lance do gol. Tomara que seja o suficiente para equipe estar no G8. Se não for, vão buscar na Bahia o resultado”.