Carlos Sánchez virou motivo de uma grande controvérsia no Santos (Crédito: Ivan Storti/Santos FC)

O problema com o uruguaio Carlos Sánchez poderia ter sido evitado se o Santos tivesse enviado à Conmebol um ofício para se certificar de que os novos inscritos na Copa Libertadores da América tinham condições de jogo. A prática foi adotada no ano passado, mas neste ano o Peixe confiou no Comet, sistema online para inscrição e consulta de atletas.

Em 2017, o Santos viveu caso parecido com o volante Leandro Donizete. O jogador viajou com o grupo para enfrentar o Sporting Cristal, do Peru, na estreia do time na Libertadores, mas acabou cortado após a consulta ao informe da entidade. O ex-gerente santista Alexandre Ceolin explica o caso:

“Nós sabíamos da punição, pois em 2016 eu estava no Atlético-MG quando ele foi expulso contra o São Paulo. Mesmo assim, fizemos a consulta oficial e, como a resposta da Conmebol não chegou a tempo, optamos por levar o atleta mesmo assim na viagem. Quando a resposta chegou, no dia do jogo, simplesmente deixamos de relacionar o atleta. Viajamos com 20, prática normal dos clubes, e somente 18 podem ir para o jogo”, disse ele ao Diário do Peixe.

Para Ceolin, o Santos deveria ter se precavido e enviado um ofício à entidade sul-americana. A prática é recorrente para a maioria dos clubes brasileiros.

“Mesmo com o sistema Comet, nós sempre tivemos a preocupação de fazer a consulta à Conmebol, pois sabemos que é uma forma de termos a resposta oficial da entidade. Não digo que o sistema Comet não seja confiável. Só acho que a consulta oficial é a opção mais correta”, explica.

Ofício enviado em 2017 à entidade sul-americana (Crédito: Reprodução)