Atual treinador da Inter de Limeira, Elano participou da Live do DIÁRIO DO PEIXE nesta terça-feira e, entre diversos assuntos, falou sobre sua saída do clube, no final de 2017. O ídolo santista explicou que, mesmo tendo bons jogos como interino, não pretendia ser técnico principal do Santos naquele momento.
“A minha decisão não seria ser treinador em menos de 4 ou 5 anos. Eu estava organizando a transição entre base e profissional. Tenho um grande exemplo que foi o ‘Seo’ Zito. Não chego nem perto da capacidade dele. Eu não seria o treinador do profissional. Tinha avisado isso. Todo treinador que chegar, eu como auxiliar, tem um peso. Iam falar coisas que me prejudicariam. Minha saída foi também para eu seguir minha carreira o mais rápido possível”, afirmou.
O ídolo santista também lembrou a sua saída do clube como jogador, quando deixou o Santos para jogar no Grêmio, 2012. Elano explica que saiu por questões internas e que teve a preocupação de não jogar em nenhum rival.
“Quando eu retornei, não imaginava mais sair do Santos, mas foram coisas internas. Fiquei muito preocupado em não manchar a minha história no clube, em não ficar em São Paulo (outro clube). Não queria ficar para que eu pagasse por algumas coisas que aconteciam lá dentro e podiam sobrar para mim”, explicou.
Na real, quando saiu para o Grêmio, não estava jogando nada. Depois que o Santos repatriou o Elano, ele fez alguns bons jogos no paulistinha, que é um torneio de nível técnico baixíssimo. Depois, quando os jogos ficaram mais difíceis, o jogador sumiu. O Santos ficou desesperado para se livrar dos altos salários do Elano e, quando o Grêmio (que também queria se livrar do Miralles) apareceu, o negócio foi fechado. No Grêmio também não foi bem. No Flamengo idem. Devolvido, o Grêmio rescindiu o contrato porque se tratava de ex-jogador, que não rendia mais nada, mas, mesmo assim, o Santos voltou a contratar o ex-atleta. Na terceira passagem, em nada lembrava o jogador da primeira passagem. Se arrastava em campo, mesmo entrando nos minutos finais das partidas. Quando parou, deram um cargo na comissão técnica como prêmio de consolação. O Elano fez bem em não aceitar a efetivação como técnico do time profissional, pois precisa de mais rodagem, mas, com certeza, faria um trabalho mil vezes melhor do que o Jesualdo e sua equipe técnica importada de Portugal. Entre o Elano, treinador iniciante, e o Jesualdo, professor experiente, Elano sem sombra de duvida.