Anunciado como novo reforço do Santos neste sábado, o atacante Robinho foi condenado em primeira instância, em 2017, a nove anos de prisão por envolvimento em um caso de violência sexual a uma jovem albanesa, então com 22 anos, na época em que jogava pelo Milan, em 2013.
O julgamento aconteceu na nona seção do tribunal de Milão, presidida por Mariolina Panasiti. De acordo com o relatório do caso, a vítima e duas amigas já conheciam Robinho e seus amigos e se encontraram em uma discoteca de Milão para comemorar os 23 anos da garota.
De acordo com o depoimento da vítima, após as amigas deixarem a festa, Robinho, um amigo identificado como Ricardo Falco e outras quatro pessoas teriam passado a lhe dar bebidas a ponto de deixá-la inconsciente, levado a garota para a chapelaria da boate e a violentado repetidamente.
A condenação de Robinho e Ricardo foi feita baseada no depoimento da vítima e em mensagens de celular trocadas entre o grupo. Os outro quatro “participantes” do crime não foram identificados. De acordo com a juíza, a vítima foi exposta a humilhações repetidas, bom como atos de violência sexual pesados.” A magistrada afirmou que os “termos chulos e desdenhosos” foram “sinais inequívocos de falta de escrúpulos e quase consciência de uma futura impunidade”.
A defesa de Robinho já recorreu e alegou que não existe qualquer prova de que a relação não foi consentida e do abuso de bebidas alcóolicas a ponto de deixar a vítima inconsciente.
“Enquanto o processo não transita em julgado, ele ainda não é um condenado. A condenação só é efetivada se ele perder em todas as fases de recurso. O processo ainda está na primeira fase, subindo para a segunda fase. Existe até três, quatro fases de recurso. Não existe uma condenação definitiva, nem determinação de prisão”, explicou a advogada do jogador, Marisa Alisa, em vídeo no instagram.
“O Robinho foi condenado em primeiro grau, que na Itália é um colégio, um tribunal, tem participação popular, mas a condenação não é definitiva. Ele apelou e foi reconhecido o direito de recorrer em liberdade. Está em sede de apelo e não podemos deixar de lado a presunção de inocência”, afirmou o advogado Dr Walter Mairovitch, que mora na Itália, em entrevista à Rádio CBN.
O advogado também descartou a possibilidade de Robinho ser preso no Brasil.
“Não pode. Nossa constituição não permite a extradição de nacionais”, explicou.
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