O Santos foi o clube brasileiro que mais utilizou jogadores da base no profissional nos últimos cinco anos. Em estudo realizado pela Pluri Consultoria, empresa especializada em gestão, governança, finanças e marketing esportivo, o Peixe encabeça a lista e consolida sua fama de um dos clubes mais reveladores de talentos do mundo.
De acordo com o estudo, dos minutos disputados pelo elenco principal do Santos em todas as competições nos últimos cinco anos, 39,6% foram jogados por atletas formados pelo clube.
O estudo mostra também que, no ano passado, o tempo dos atletas de base em campo pelo profissional caiu consideravelmente em relação aos anos anteriores (veja na tabela abaixo). Isso porque o então técnico Jorge Sampaoli chegou a afirmar que não colocaria jogadores que não estivessem preparados.
Além disso, o estudo também separou por posição os atletas mais utilizados pelo Santos. De acordo com o documento, 40% dos Meninos da Vila que entraram em campo nos últimos cinco anos foram meias, 38% defensores, 19% atacantes e 3% goleiros.
Neste ano, o técnico Jesualdo Ferreira já mostrou que deve retomar a tradição do Santos de utilizar a base. Só nos primeiros quatro jogos do Paulistão, o tempo de jogo dos Meninos da Vila no profissional já superou o da competição estadual inteira no ano passado, sob o comando de Sampaoli.
Não por planejamento, mas, simplesmente, por falta de recurso financeiro. Enquanto tem dinheiro (e até mesmo quando não há) a gastança é desenfreada na contratação de jogadores de qualidade duvidosa (no popular, perebas ou pangarés) e medalhões (ex-atletas com salários europeus). Quando a terra está arrasada, lançam os garotos na fogueira. Alguns são jogados de cabeça, mas, mesmo assim, conseguem cair de pé. Depois aparece o presidente se vangloriando da excelência de seu trabalho, quando, na verdade, está apenas colhendo frutos do trabalho de gestões anteriores, além de contar com muita sorte. Quando o Robinho foi puxado para o profissional era visível a falta de cuidado com a base. Um garoto esquálido que não se vê na base do São Paulo, do Inter, do Grêmio. O Neymar, idem. O Allanzinho ja está há um ano no Santos e continua franzino. O recém contratado Patati é franzino. É quase certo que daqui a um ano, o garoto vai continuar do mesmo jeito. Além disso, o Neymar certa vez disse que treinou fundamentos por conta própria porque se dependesse do trabalho da equipe técnica da base do Santos estava perdido. Os deuses do futebol tem enviado raios, mas um dia eles podem cansar de tanta incompetência.