Um dos líderes do elenco, Everson soma 52 jogos e 41 gols sofridos com a camisa do Peixe (Crédito: Ivan Storti/Santos FC)

O último jogo do Santos antes da pausa no futebol devido a pandemia do novo coronavírus foi uma derrota em clássico para o São Paulo. Mas o revés não colocou a equipe em situação complicada. O Peixe liderava seus respectivos grupos na Copa Libertadores e Campeonato Paulista até a interrupção do futebol no País. Agora, nessa retomada, o goleiro Everson falou sobre o assunto e garante: “o time não volta do zero”.

“A gente não perde na metodologia de trabalho do professor. A gente demorou um pouco para assimilar nesse começo do ano, com a troca de treinadores. Nas primeiras rodadas, acabou tendo dificuldade. Depois do jogo contra o Defensa y Justicia, na estreia da Libertadores, conquistamos confiança. A gente parou no nosso melhor momento de crescimento com o Jesualdo. A gente não volta tão do zero por isso”, disse o arqueiro santista em entrevista ao site GloboEsporte.com.

Everson também falou sobre outro problema no futebol que veio com a pandemia: a dificuldade financeira dos clubes. Com a falta de jogos, ocorreu a suspensão do pagamento dos direitos de televisão, além dos clubes não faturarem mais com as partidas – dinheiro de bilheteria, comida nos estádios e outros serviços.

No Peixe, ocorreu corte de 70% nos salários dos jogadores sem o clube conseguir entrar em um acordo com o elenco alvinegro. Everson, que é um dos líderes da equipe, disse que as conversas sobre esse tema seguem entre atletas e a direção santista.

“Tudo caminhando. Estamos conversando. Com a volta aos trabalhos, a gente pode ter esse convívio pessoalmente com a diretoria do Santos. Isso é bom. Já tivemos duas reuniões e vamos tentar resolver isso internamente da melhor maneira possível”.

Everson ainda comentou sobre as dificuldades dos jogadores a voltarem a trabalhar com bola após mais de 100 dias. Para ele, os goleiros é quem mais sofrem longe dos campos, desse dia a dia de treinamentos.

“Normalmente, a gente fica no máximo 30 dias sem ter contato com a bola. E mesmo nas férias a gente sempre trabalha com um personal para tentar não perder tanto. Para o goleiro, tem muito o “timing” da bola, a bola aérea… É difícil. A gente faz parte de uma posição de muita responsabilidade. Esse período parado atrapalhou mais os goleiros que os jogadores de linha, que conseguem se condicionar mesmo sem bola”, finalizou o goleiro santista.