O presidente do Santos, Marcelo Teixeira, assumiu a responsabilidade e revelou novas medidas para apuração e investigação do caso Kleiton Lima. Em coletiva nesta quarta-feira (17), o dirigente ainda confirmou a contratação de um novo treinador para as Sereias da Vila. O Diário do Peixe apurou que é Glaucio Carvalho o novo comandante.
“Vou deixar claro, esse foi um fato ocorrido no ano passado. O Santos errou ao trazer o profissional. Como se diz, o Santos assumiu uma responsabilidade perante um perfil de profissional que tem uma história no Santos. O futebol feminino é um dos pilares da minha gestão. O que foi feito no futebol feminino ao longo desses vinte anos é inadmissível, pelo que o Santos já fez e é pioneiro no futebol feminino. Trouxe Marta, Cristiane e em épocas que essas atletas estavam no exterior. Santos está ao lado de quaisquer campanhas que estejam para apoio a discriminação, preconceito e qualquer situação. Santos é exemplo e referência no esporte nacional. Imediatamente recompomos. Tivemos a decisão da contratação, alguns dias e fizemos um acordo. E já contratamos um novo profissional, começou hoje, e iniciará seu trabalho na comissão técnica e vai estar sendo apresentado”, afirmou o dirigente.
Nesta semana, o técnico Kleiton Lima pediu afastamento do cargo no comando das Sereias da Vila. O treinador havia retornado ao time após sete meses depois de um caso polêmico e comandou a equipe em apenas um jogo. O treinador teria recebido até ameaças de morte. Marcelo Teixeira deu ‘a cara tapa’ na coletiva.
“Nós vamos sempre aceitar e respeitar as decisões que estão sendo decididas pelas profissionais das áreas. Não quero responsabilizar ninguém, nem o Gallo, nem a Thaís. O responsável é sempre o presidente do Santos, serei por todas as decisões. Porém, eu tenho que sempre ouvir e ao ouvir decidir. A minha decisão foi diante dos profissionais que estão me auxiliando, me recomendando, além do departamento jurídico. Foram feitas as constatações e foi decidida a recontratação. Hoje, depois de dias na atuação dele profissional em um jogo (contra o Corinthians) e logo fizemos esse acordo. Não será adotado pela diretoria como um término diante dos esclarecimentos que devem ser feitos. O Santos vai assumir esse protagonismo, vai a fundo e não é responsabilidade nossa. Mas queremos definitivamente ver, até para adotar as medidas diante as meninas, as atletas, a psicóloga e os profissionais. Todos que estão envolvidos. Nas quais, eu não estive. Agora estou e vou assumir pelo que eu represento ao futebol feminino”, disparou.
“Já pedi ao presidente da FPF, Reinaldo, para que ele contribua também na área esportiva possibilitando com que ele no através da Justiça Desportiva, tome a iniciativa de criar um processo interno, ouvir todo mundo e as partes. Já que na Polícia não temos solução desse processo ainda. Não queremso acobertar o treinador ou fazer o contrário a jogadoras. Nós queremos continuar sendo referência e exemplos de medidas a serem tomadas no futebol feminino. ‘Basta fazer anonimamente e acabou’. Não. Não vamos nos contentar também com denúncias anônimas. Temos que nos contentar com denúncias corajosas para que as medidas sejam adotadas. Seja contra o treinador, o profissional ou quem quer que seja”, revelou.
“Para que a gente moralize e tenha, no futebol feminino, um meio salutar, não para fazer protestos em campo. Ao contrário, o futebol feminino não precisa de protestos. Precisa de apoio, investimento e aproveitar a oportunidade desses talentos de meninas e mulheres. Vamos trabalhar para moralizar o futebol feminino pelo Brasil. O Santos vai continuar trabalhando para isso, moralizar o futebol feminino. As medidas não serão feitas apenas com a dispensa ou acordo com treinador, não. Elas não pararão aqui. Agora não. Vamos continuar acompanhando de muito perto para que as ações resultem em responsabilidades de todos que devem assumir ou ficar jogando aqui ou lá sem entender o que está acontecendo. Tem que ir à últimas consequências para que preserve a menina, a mulher e todos que estiveram envolvidos. O Santos vai adotar”, completou.
“Esse procedimento e processo foram feitos na gestão anterior. Todos eles na época. O treinador veio, colocou o cargo à disposição e a diretoria aceitou. Ali se começou um procedimento interno e investigativo policial. Quando assumimos já havia a possibilidade da profissional indicar o retorno de Kleiton Lima. Nós não tínhamos conhecimento do que tinha feito internamente e nem acompanhado o que se havia feito no ambito policial. Quando vieram os pareceres dos departamentos, dizendo que o procedimento não se apurou nada, jurídico, profissional, feminino e os profissionais chamados na época, com o processo. Tiveram as cartas anônimas e não sabemos por quantas pessoas foram feitas. Foi feito um procedimento interno e externo. No retorno dele foi baseado nisso, sem provas internas ou externas. O próprio profissional e o Santos entenderam que de fato não é mais um momento”, concluiu.
O QUE ACONTECEU
Kleiton saiu do clube em setembro do ano passado após 19 cartas anônimas de jogadoras relatando assédio moral, sexual e cobrando por melhorias e mais competitividade na modalidade. O técnico foi anunciado de volta ao Peixe no dia 2 de abril e apresentado em coletiva no último dia 9 de abril.
O técnico ao lado de Alexandre Gallo, coordenador de futebol, e Thais Picarte, coordenadora de futebol feminino, afirmaram sobre a responsabilidade do Santos com a verdade e sobre inverdades nos relatos. Picarte ainda reforçou ter conversado com ex-atletas e não ter encontrado nada, mas 10 das 14 jogadoras que saíram ao fim da temporada se posicionaram nas redes sociais e falaram que não foram procuradas pelo clube para saber o que aconteceu.
São elas: as goleiras Camila, Jully e Anna Bia; como as zagueiras Kaká e Tayla; um lateral Gi Fernandes; a volante Brena e as atacantes Cristiane, Tainá Maranhão e Jourdan Ziff. Além da atacante Bianca Gomes, que havia rescido com as Sereias na mesma semana de setembro, também se posicionou nas redes.
Outros relatos anônimos começaram a aparecer em matérias de outros veículos. Enquanto isso, Kleiton foi regularizado no BID da CBF e comandou o Santos na derrota para o Corinthians por 3 a 1, na Vila Belmiro, pela quinta rodada do Brasileirão, na última sexta-feira (12). A atacante Ketlen, que marcou ao Peixe, foi a única a abraçar o treinador na comemoração.
Já as adversárias, taparam a boca como forma de protesto durante o hino nacional antes da partida e também na comemoração do gol sobre a equipe santista. Porém, os protestos se espalharam na rodada do Brasileiro Feminino.
No jogo entre Palmeiras e Avaí/Kindermann, as jogadoras fizeram o mesmo sinal de boca tapada e destaque para a camisa 19 por conta do número de cartas relatando os assédios. No clássico mineiro, entre América-MG e Atlético-MG também. Os protestos seguiram pelas cruzeirenses no jogo contra o Real Brasília. E as são paulinas e botafoguenses também marcaram os protestos.
O caso também teve repercussão mundial com o jornal francês se posicionando. Elas voltam a campo diante o Avaí/Kindermann no sábado (20), às 15 horas, em Caçador.
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Saiu o Kleiton Lima, tem que tirar também o Modesto Roma. O Peixão fez e está fazendo reformulação. O Modesto Roma até foi expulso do quadro associativo. Querer mantê-lo é jogar contra o patrimônio.
Foi uma cena patética a encenação de Marcelo Teixeira quando abordou o tema. A falsa indignação me fez na hora lembrar do personagem Odorico Paraguaçu, prefeito da fictícia cidade de Sucupira na novela “O Bem Amado”. Só que, como ator, MT não tem o talento do falecido Paulo Gracindo e a cena não ficou engraçada. MT, Modesto Roma e outros do lamentável entorno da presidência do SFC são homens jurássicos ou, no máximo, da década de 60 do século passado. Fazem as burradas apostando que “não vai dar em nada” e depois não aguentam a parada. Ridículo.
A fala do Marcelo Teixeira transcrita abaixo é perfeita:
‘Basta fazer anonimamente e acabou’. Não. Não vamos nos contentar também com denúncias anônimas. Temos que nos contentar com denúncias corajosas para que as medidas sejam adotadas. Seja contra o treinador, o profissional ou quem quer que seja”.
19 cartas anônimas, de quem, de quantas, só Deus sabe.
Ninguém procurou os meios legais, ninguém colocou a cara pra nada, se esconderam na sombra, como se combate o assédio moral e sexual contra as mulheres se a vítima não leva o caso adiante pra que se puna o abusador?
Ficar com um protesto ridículo com a mão na boca não adianta nada, tampouco lacrar em rede social.
A única coisa que resolve são ações efetivas e punições aos que cometem crimes, seja ele por abuso moral/sexual, seja por calúnia.
Pode até ter sido um erro do clube, com toda a questão envolta ter trazido o profissional de volta, mas muito mais grave é o linchamento público de um indivíduo por causa de covardes cartas e depoimentos anônimos, além da velha lacração em redes sociais e da velha mídia imunda e corrupta.
A questão aqui é a falta do devido processo legal e o assassinato de reputação por ignorantes ávidos por serem os “guardiões da verdade e da virtude”, esses indivíduos patéticos não merecem nada além de desprezo.
Isso tudo pra mim, no caso do Kleiton, me parece muito mais incompatibilidade pessoal dentro do ambiente de trabalho do que qualquer outra coisa.
Reitero, a ÚNICA mulher com coragem nessa história toda me parece ser Ketlen.
Parabéns pelo comentário, estória estranha.
Marcelo Teixeira já foi conhecido no Santos como o nefasto: torço muito pra que sua gestão seja bem sucedida, que voltemos a disputar títulos!
Os tempos são outros, temos uma mídia santista, não corporativa, atuante, pró-ativa, informativa e formativa, temos um quadro associativo gigante, temos democracia direta!
O fato de Marcelo Teixeira ter que voltar atrás e demitir o treinador das Sereias da Vila reflete essa mudança, portanto aquele Marcelo Teixeira Nefasto não reinará absoluto!
Os tempos são outros, há: entre as mídias relevantes o Diario do peixe é uma das principais!
Resumindo a Comédia;
O “Futebol “Feminino virou um mercado de mimimis e Lacrações
Futebol que “seria” bom…….NADA!!!!
eu só espero que todas essas ”denúncias” sejam realmente averiguadas e não tenham sido motivo de ter acontecido pelo posicionamento politico do treinador, dois de sua religião….por que a carreira dele acabou, Sim o Santos precisa de paz e não era o momento de trazer ele mas ou se esclarece isso agora ou vão todos a m….e deixem o Clube em paz mídia marginal uol, terra, espn, globo e ”formadores de opinião”….
SO EXISTE UMA COISA A FAZER, E QUEM DENUNCIA APARECER POIS ESSE NEGOCIO ANONIMO E PURA ILUSAO DE FILME DA NETIFLIX…. MOSTREM A CARA MOSTREM AS PROVAS PQUE SE NAO APARECEM A POLICIA PRECISA MANDAR EXAMINAR AS ESCRITAS E IR ATRAS DE QUEM FEZ ISSO E PROCESSAR…. PODEM ESTAR LEVANDO UMA FAMILIA AO FUNDO DO POÇO SEM AS PROVAS…. QUE A POLICIA O SANTOS E A JUSTIÇA SE UNAM PARA PEGAR ESSAS DEZENOVE AUTORAS DAS CARTAS….
Esse Teixeira é um PILANTRA DE MARCA MAIOR , UM SAFADO QUE DEFENDE HOMENS QUE ASSEDIAM MULHERES E PIOR, TEM UM MONTE DE YOUTUBERS QUE FALAM DO SANTOS QUE DERENDERAM ESSE SAFADO DESSE PRESIDENTE E TRABALHAM PRA ELE….
Me causou indignação as boleiras do Santos que defenderam esse canalha desse treinador do feminino.
Se nada foi provado pelas autoridades competentes prevaleceu o patrulhamento nojento e as manifestações veladas de um povo covarde, que denunciou o rapaz sem apresentar provas. Esse pessoal precisa ser investigado. Isso precisa ser apurado. Nenhum homem tem o monopólio da impunidade nem tampouco a mulher tem o monopólio da razão.
A atual diretoria errou ao trazer o problema para dentro do Santos FC. Mesmo que o técnico fosse a “última bolacha do pacote”, o desgaste era evidente porque o assunto é muito recente e poderia ter sido evitado. Agora o presidente tenta se esquivar, culpando a administracao anterior por conduzir mal a investigação. O Marcelo alega que desconhecia o que tinha sido feito internamente. Se recontrataram um profissional polêmico. sem a devida cautela, no mínimo, foram negligentes. Não adianta fazer campanhas institucionais e, depois, reiteradamente, associar a imagem do clube a figuras envolvidas em assuntos delicados. Ou seja, correr, literalmente, atrás do prejuízo. Conforme foi publicado na imprensa, o técnico só pediu para sair depois de se sentir ameaçado, caso contrário, ainda estaria comandando a equipe e todas essas providências que agora foram anunciadas pelo presidente do Santos FC não teriam ocorrido. Enfim, um erro que os profissionais que assessoram o presidente poderiam ter evitado, caso fizessem uma apuracao criteriosa que permitisse ao Marcelo saber o tamanho da encrenca.