Os candidatos de oposição do Santos realizaram uma coletiva na tarde desta quinta-feira, em Santos, e explicaram a ação movida junto ao Gaeco (Grupo de atuação Especial contra o crime organizado) do Ministério Público. José Carlos Peres, da chapa 1, Nabil Khaznadar, da chapa 2 e Andres Rueda, da chapa 3, lamentaram a situação e admitiram que a eleição do clube, marcada para este sábado, dia 9, tem tudo para acabar na Justiça.
Os presidenciáveis pediram ao Gaeco para investigar as denúncias em relação ao número de sócios registrados nos últimos meses de 2016 e para acompanhar o processo de votação no próximo sábado.
“Nosso posicionamento foi procurar um órgão que está fazendo um grande trabalho com a Lava Jato para que possamos colocar essa situação a limpo. Nós estamos passando uma imagem de virada de mesa e isso mancha o nome do Santos. O Brasil está sendo passado a limpo e nós estamos indignados a ponto de estarmos os três candidatos aqui juntos para dar lisura para a eleição”, afirmou José Carlos Peres.
O Conselho Deliberativo do Santos já havia aceitado o pedido da oposição santista para que a votação de sábado ocorresse pelo número de inscrição e não por ordem alfabética. Assim, os últimos sócios registrados votariam na mesma urna. Caso tal urna apresentasse um resultado muito diverso das outras seria um indício de fraude. O mesmo procedimento foi adotado recentemente na eleição do Vasco da Gama e ela parou na Justiça. O mesmo caminho deve acontecer com as eleições do Peixe.
“Tudo isso teria de ser resolvido antes da eleição. Se for para a Justiça vai deixar o clube em um período sem governança e isso será danoso para o Santos. Vai depender muito da posição do Gaeco em relação a essa investigação”, afirmou o candidato Andres Rueda.
A suspeita da oposição leva em consideração o registro de 2.098 sócios nos últimos meses de 2016, muitos deles com ligações de parentesco com empresários ligados ao clube e outros com cadastros incompletos ou estranhos.
“A atual gestão pegou o clube com 56 mil sócios. Está entregando com 22 mil. Teve uma queda abrupta nos três anos do mandato, mas houve um aumento significativo em dois, três meses. Fica fácil perceber”, afirmou Nabil Khaznadar.
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