Ídolo maior de toda uma geração de santistas, Giovanni brilhou com a camisa do Santos no Campeonato Brasileiro de 1995, antes de ir jogar na Europa. Dez anos depois, o meia voltou ao Santos, com o plano de jogar mais alguns anos e encerrar a carreira. Os planos foram interrompidos por Vanderlei Luxemburgo, que não quis contar com o jogador. Giovanni lembrou a mágoa, em entrevista ao jornalista Ademir Quintino.
“Fiquei (magoado). Tinha um contrato de dois anos. Voltei, justamente para jogar esses dois anos e encerrar minha carreira. Veio o Luxemburgo (2006) e cortou isso. Você se sente decepcionado, mas faz parte da nossa carreira. Estamos sujeitos a esses obstáculos. Felizmente, em 2010 retornei naquele timaço, para encerrar com chave de ouro a minha carreira”.
Apesar da volta ao Santos em 2010, Giovanni também não saiu tão satisfeito de sua última passagem pela Vila Belmiro. O acordo era de seis meses, prevendo um jogo de despedida no final, o que não aconteceu. O meia lamenta que não tenha podido se despedir da torcida, nem que fosse por alguns minutos.
“O presidente me prometeu que eu ia encerrar. Falei com o Jamelli, ele falou que o jogo de despedida ia ser contra o Vasco, na Vila Belmiro. O Dorival Júnior vetou. São decepções que você vai passar. Todos os jogadores passam. Eu tinha ido com esse objetivo, de encerrar minha carreira. Infelizmente não teve”.
Mágoa também na Seleção
Giovanni lembrou também de mágoa jogando com a camisa da Seleção brasileira. O meia foi convocado para a Copa do Mundo da França, em 1998, joga o primeiro tempo da estreia do Brasil, contra a Escócia, é substituído e não joga nem mais um minuto durante o mundial.
“Eu fui, por indicação até o Zico. O Zagallo tinha feito aquela escalação e depois se arrependeu, queria colocar o Leonardo. Me deixar apenas um tempo, naquela Copa, que eu tinha criado toda uma expectativa. Doeu demais”.
Infelizmente, os jogadores que nos últimos tempos atingiram o status de ídolos da torcida, ao invés de preservarem a imagem, optaram por ganhar mais alguns trocos por conta do prestígio conwuistado no passado. Enquanto estavam no auge da carreira, na Europa, nem se lembravam do Santos FC. Os caras voltam quando já não conseguem jogar em alto nível, mas, mesmo assim, vem com salários de craques do time. Nenhum abriu mão dos seus altos ganhos. Fosse o caso do desejo de encerrar a carreira jogando no time do coração, como gratidão, poderiam abrir mão dos salários e jogar por uma “ajuda de custo” de R$ 30 mil, R$ 40 mil. quantia suficiente para cobrir os gastos com moradia e alimentação. No entanto, os ex-atletas retornam dando a falsa expectativa de serem reforços, quando na verdade vem apenas para compor o banco exonerar a folha de salários, tanto é assim que só voltam quando são dispensados e não tem mais para onde ir. O pior é que quando perdem a boquinha, ainda saem magoados com o Santos FC sem fazer uma autocrítica.