Após a vitória do Santos por 4 a 1 sobre o Guarani na última segunda-feira (6), o meio-campista Giuliano não se limitou a falar sobre o resultado em campo. Em meio à devastação causada pelos temporais que atingiram o estado do Rio Grande do Sul, deixando um rastro de destruição e centenas de vítimas, o jogador levantou uma importante reflexão sobre a continuidade dos jogos de futebol em um momento tão delicado.
“Qual o preço de uma vida? Será que um gol paga o preço de uma vida? Será que o estádio é cheio e as outras pessoas sofrendo lá? Então eu acho que é um momento de reflexão para nós. O futebol… O povo brasileiro ama o futebol, mas até que ponto vale você parar o futebol e deixar as pessoas sofrendo? Então eu acho que é um momento de reflexão para o futebol brasileiro de que nós temos que ser solidários. O futebol está em segundo plano. Nós temos que amar as pessoas, amar as vidas. Temos que amar o ser humano. E isso é nosso. Isso nós podemos fazer. Então não sei se é a Federação, ou não sei se os jogadores, se os clubes, mas eu acho que é muito válido uma parada, não somente no treinamento, mas também para a reconstrução psicológica dos jogadores, das pessoas que sofreram com isso, até que a gente tenha condições de voltar ao campeonato”, questionou Giuliano durante o programa “Boleiragem”, do SporTV.
O pedido de Giuliano ecoa os apelos de outros clubes gaúchos, como Internacional, Grêmio e Juventude, que solicitaram à CBF a suspensão de seus jogos nos campeonatos nacionais pelos próximos 20 dias, em respeito à situação crítica vivenciada no estado.
Além de sua preocupação com as vítimas, Giuliano também destacou a importância da mobilização de todos, independentemente de classe social ou profissão, para oferecer ajuda e suporte aos afetados pela tragédia.
“Nós somos influência e nós somos exemplos. Então, a partir do momento que nós nos posicionamos e juntamos força, nós temos força no país. O país nos olha. Então, a gente tem a capacidade, através da nossa imagem, de mandar uma mensagem positiva, de mandar um recurso, de juntar cestas básicas, de juntar dinheiro, doações, porque é o momento que nós precisamos. E a gente fica se colocando no lugar dessas pessoas. Então, imagina a dor, imagina quando a água baixar, como é que vai ser. Então, esse processo nós precisamos de todos,” disse o meia.
Com 85 mortos e 134 desaparecidos até o momento, e com grande parte da população de Porto Alegre enfrentando problemas, a situação no Rio Grande do Sul ainda é grave. Giuliano aproveitou para parabenizar as iniciativas de solidariedade já em curso e conclamou a todos para continuarem ajudando no processo de reconstrução.
“E eu gostaria de parabenizar quem está ajudando, independente da classe social, independente se é ator, se é influência, se é jogador, não importa, a pessoa que está ajudando. Parabéns por essa iniciativa e vamos continuar, porque é um processo de reconstrução. Assim como nós estamos passando aqui um processo de reconstrução no futebol, o Rio Grande do Sul precisa dessa reconstrução, eu creio que o Rio Grande do Sul precisa de nós, do ser humano, do povo brasileiro. E eu acredito sempre que juntos nós somos mais fortes”, completou.
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Giuliano todos que tem coração bom, boa índole, caráter pode ter certeza que estão sofrendo junto com o povo gaúcho e inclusive ajudando, aquela imagem que um homem viu uma boneca e foi pegar e quando chegou perto era uma criança morta boiando, não tem como não chorar de ver aquilo, agora como em todos os segmentos que geram trabalho, precisamos continuar trabalhando e aquele que puder ajudar continuar ajudando , vcs jogadores vão abrir mão de seus salários astronômicos enquanto o futebol estiver parado, NÃO, futebol é negócio e um negócio que rola muito dinheiro, empregos , não acho que deva parar , pq se for parar que param todos, futebol, vôlei, basquete, natação, etc…..
Minha solidariedade ao Rio Grande do Sul. Um grande estado com um povo trabalhador. No entanto, com todo respeito ao Giuliano e ao referido local afetado pelas enchentes, não concordo em paralisar o futebol nos demais estados da federação. O Santos jogou contra o Guarani na Vila Belmiro, no estado de São Paulo. Por que paralisar se as enchentes não são aí? Se for paralisar tudo, as indústrias, comércios e serviços, parou o país inteiro.
Adiar as rodadas dos times do RS sim, mas as demais, não. Pense na correria que vai dar ao final do campeonato se paralisar tudo.
DEFENDER O QUE SEU HIPÓCRITA, ENQUANTO NO PRIMEIRO ESTADO A FALIR NO BRASIL,O RIO DE JANEIRO , ESTÃO CAGANDO E ANDANDO PRA TRAGÉDIA DO SUL,LA ESTÃO GASTANDO UMA BALA PRA VER A MADONA, É MUITA HIPOCRISIA MESMO..
Se não pode ter futebol ? não pode ter shows tipo o da Madona??
Exatamente, amigo Ryon. Paralisar só o futebol, mas o show da Madonna “feat” Anitta e Pabllo Vittar, pode ocorrer normalmente.
Receber seus salários astronômicos em dia, eles querem. Respeito a solidariedade e lamento pelo povo do RS, mas aí o Giuliano realmente apelou.
Sim até por que o Futebol movimenta muita coisa, desde o vendedor de espetinho, camisas, flanelinha então eu respeito o Giuliano mas foi apenas pra inglês escutar isso ai
Infelizmente paralisar o campeonato não vai ajudar em nada a situação no Rio Grande do Sul. Pelo contrário, ações como a do Palmeiras que irá doar a renda do jogo, a do Santos que está arrecadando dinheiro para doarem para o Rio Grande do Sul podem sim ajudar. Os times do Sul tiveram seus jogos adiados. Tiveram já várias ofertas para levarem seus times para treinarem outros Estados. E a normalização da situação vai demorar um bom tempo. Além do que há todo uma estrutura que precisa rodar para poder pagar as despesas dos clubes e os salários dos jogadores e corpo técnico.