Em 11 de setembro de 1963, o Santos escreveu um capítulo lendário na história do futebol ao conquistar o bicampeonato da Taça Libertadores da América. O feito foi alcançado dentro da La Bombonera, em Buenos Aires, na Argentina, em um duelo complicado contra o Boca Juniors, que culminou em uma vitória por 2 a 1. Coutinho e Pelé foram os autores dos gols do Peixe.
Na primeira partida da decisão, realizada no Maracanã, diante de 63.376 espectadores, o Santos venceu os argentinos por 3 a 2. Coutinho (2x) e Lima marcaram três gols no primeiro tempo, deixando o Boca Juniors em desvantagem. Entretanto, Sanfilippo, com dois gols, manteve a esperança argentina viva.
Polêmicas antes da bola rolar!
Antes mesmo do apito inicial da partida em La Bombonera, várias polêmicas e incidentes poderiam ter mudado o curso do confronto. Houve uma tentativa de transferir a partida para o Monumental de Núñez, o que geraria mais receita para o Boca. Além disso, a própria Bombonera apresentava sérios problemas estruturais na época, e o estado do gramado era precário. Apesar desses problemas, o Boca Juniors insistiu em manter o jogo em seu estádio.
Para complicar ainda mais a situação, os xeneizes modificaram o horário da partida, mudando-a de noite para de tarde. O Santos tentou adiar o confronto por um dia, buscando mais tempo de preparação, mas seus esforços foram em vão.
Há divergências quanto ao número de espectadores presentes na Bombonera naquele dia memorável. Enquanto alguns alegam que 80 mil torcedores lotaram o estádio, os registros oficiais indicam cerca de 50 mil, abaixo do maior público oficial da história do estádio, que foi registrado em sua inauguração em 1940, com 57.395 presentes.
O jogo
Antes mesmo da final, o Santos já tinha consciência do estilo de jogo do Boca Juniors, que era um dos clubes mais populares da Argentina e base da seleção nacional. Então, vencer a final no estádio adversário não seria uma tarefa simples.
O jogo começou com provocações e ataques incisivos dos xeneizes. No entanto, o Santos resistiu a pressão inicial do Boca Juniors e levou um empate sem gols para o intervalo. Na segunda etapa, os argentinos abriram o placar logo no primeiro minuto. Mas a alegria durou pouco, pois quatro minutos depois, Pelé, com uma jogada genial, acionou Coutinho, que finalizou e igualou o marcador.
Esse gol deixou o time adversário ainda mais nervoso, e, Pelé, que ditava o ritmo do jogo, sofreu inúmeras faltas e pancadas dos adversários, mas aos 37 minutos, o camisa 10 realizou uma jogada individual digna de um rei, marcando o segundo gol do Santos e assegurando a virada. Esse gol deu números finais a partida, consagrando o Santos como bicampeão da Taça Libertadores de forma consecutiva.
FICHA TÉCNICA
Boca Juniors 1 x 2 Santos
Data: 11/09/1963, quarta-feira, 16h00
Competição: Copa Libertadores – Final – Jogo de volta
Local: La Bombonera, em Buenos Aires, Argentina.
Público: quase 80.000 (superlotação)
Renda: 16.800 pesos / Cr$ 129.360.000,00
Árbitro: Marcel Albert Bois (FRA)
Gols: Sanfilippo (CABJ); Coutinho e Pelé (SFC)
BOCA JUNIORS: Néstor Errea; Rubén Magdalena, Orlando Peçanha e Carmelo Simeone; Antonio Rattín e Silveira; Ernesto Grillo, Norberto Menendez, Ángel Rojas, José Sanfilippo e Alberto González. Técnico: Aristóbulo Deambrosi
SANTOS: Gylmar; Dalmo, Mauro Ramos, Calvet e Geraldino; Zito e Lima; Dorval, Coutinho, Pelé e Pepe. Técnico: Lula
Leia também:
Esse Santos aí era outro
Jogava em grandes palcos e buscava ampliar seu alcance , receitas e tamanho e foi tão bem sucedido nessa empreitada que hoje , 60 anos depois , ainda vê o rascunho que usa seu nome e está na mão de imbecis que cospem nessa parte da história ter retorno financeiro com o que foi conquistado na época
O Santos FC atual ( de uns 30 anos pra cá pra ser justo ) nem mereceria carregar o mesmo nome , praia FC seria mais compatível com sua postura e covardia
De uma das grandes marcas do futebol mundial e times mais populares do Brasil o Santos se tornou um timeco municipal que pra mandar um jogo contra o São bento fora da espelunca Belmiro ( que já não estava a altura do time nem na década de 60 ) precisa pedir benção pra meia dúzia de bairristas de m… Que jamais investiram 1 centavo no clube mas que na prática agem como donos
Falar do Santos das décadas de 60 , 70 e 80 é cada vez mais como se estivessem os falando de outro time , mas vai explicar isso para os limitados e / ou oportunistas e / ou pilantras belmirolandianos…