O Santos encara o Botafogo-SP, nesta quarta-feira (26), na Vila Belmiro, pelo joga da volta na terceira fase da Copa do Brasil. No confronto, o Peixe volta a reencontrar um personagem polêmico em uma das páginas mais importantes de sua história recente: Adilson Batista.
Em 2011, o Peixe foi campeão da Copa Libertadores da América, e o nome no banco de reservas era Muricy Ramalho. Mas, quem começou essa história foi o atual técnico do Botafogo-SP. Para relembrar, precisamos voltar em setembro de 2010.
Após uma confusão histórica entre Neymar, a diretoria do Santos e o então técnico Dorival Jr., ficou decidido que o treinador deixaria o comando da equipe. Isso aconteceu no dia 22 de setembro. Menos de um mês depois, em reunião entre Luís Álvaro de Oliveira, então presidente do clube, ficou acertado a contratação de Adilson Batista para 2011.
Busca por reforços
O mercado de transferência do Santos foi considerado positivo: além da volta de Elano, o Peixe trouxe o goleiro Aranha, o atacante Diogo, à época preterido por grandes clubes, e dois reforços com aval do treinador: volante Charles e o lateral Jonathan.
O lateral-direito precisou conviver com diversas lesões, mas foi titular enquanto esteve 100%. Em julho, acabou sendo negociado com a Inter de Milão e não chegou nem a disputar o Mundial de clubes. O lateral disputou 20 jogos e marcou dois gols.
Já o volante Charles que chegou com status de grande contratação e assumiu a camisa 7, não apresentou o esperado. No meio da temporada, foi envolvido em uma negociação com o volante Henrique e retornou ao Cruzeiro.
Mesmo com bom aproveitamento, treinador foi demitido
O que parecia ser uma lua de mel, durou pouco. O Santos só foi ter a primeira derrota em seu décimo jogo na temporada, quando perdeu o clássico contra o Corinthians por 3 a 1. O grande problema é que apesar de não perder, a equipe empatava muito.
Na estreia da Copa Libertadores da América, ficou no 0 a 0 com o Deportivo Táchira. No torneio regional, empatou com São Caetano, Ponte Preta, Santo André e o último jogo no comando santista, empate em 1 a 1 com o São Bernardo na Vila Belmiro. Seus últimos três jogos foram marcados por dois empates e uma derrota. Foi a gota d’água.
‘Cafezinho’ gerou incômodo
Adilson Batista passou a conviver com críticas em seu dia a dia não pelos resultados e sim pelo futebol apresentado. Com a sombra do bom início santista em 2010, com um time que encantou o Brasil, o treinador deu entrevistas dizendo que vivia outra realidade, com jogadores indo para Seleção e departamento médico.
A derrota para o Corinthians resultado em um cartaz em frente uma tradicional padaria da cidade de Santos: “Muito faz quem não estorva. Fora Adilson Batista”. O treinador não se calou e rebateu a provação.
“Estou tranquilo. Vamos procurar fazer um bom futebol, vencer o jogo (contra o São Bernardo) e aí na segunda-feira vamos lá nessa padaria tomar um café”, disso o treinador na véspera do jogo.
O problema é que a vitória não veio, o treinador ouviu vaias ao término do jogo e não resistiu à pressão: foi demitido no domingo em reunião com o departamento de futebol do Peixe. Ao todo, conquistou 60,6% dos pontos disputados, seu time fez 23 gols e sofreu 13.
“Os números estatisticamente falando são números de campeão, mas o desempenho do time não vinha correspondendo. Não temos a certeza de que tomamos a melhor decisão, o tempo é o senhor da razão”, afirmou o então diretor de futebol, Pedro Luiz Nunes Conceição.
Chegada de Muricy não agradou a Adilson Batista
Uma semana depois, o Santos anunciou a contratação do técnico Muricy Ramalho para comandar a equipe. Tempos depois, em entrevista ao GE, Adilson Batista mostrou insatisfação com a escolha, não pelo nome em si, mas por achar que o Peixe já tinha algo encaminhado com o treinador e acelerou sua saída.
“Eu acho que faltou paciência. Tínhamos desfalques, teve a derrota para o Corinthians que eu gostaria de ter jogado com time misto, e a diretoria não… Porque antes teve o jogo contra o Táchira, eu queria recuperar os jogadores. Tivemos muitas dificuldades. O Léo e o Elano foram importantes. Acho que já estavam esperando o Muricy”, disse Adilson Batista.
No fim, o Santos foi campeão da Copa Libertadores da América daquele ano, além do Campeonato Paulista. Adilson Batista assumiu o comando do Athletico-PR naquele ano e durou apenas dois mesmos no cargo. No mesmo ano ainda comandou o São Paulo, mas também teve vida curta no comando e foi demitido após 22 partidas, sendo sete vitórias, nove empates e seis derrotas.
O treinador rodou o Brasil depois desses episódios passando por Atlético-GO, Figueirense, Vasco da Gama, Joinville, América-MG, Ceará, retorno ao Cruzeiro e Londrina, sem sucesso ou títulos. Antes de assumir o Peixe, o treinador teve uma passagem ruim no Corinthians, com 17 jogos, com sete vitórias, quatro empates e seis derrotas.
Em 2020, em período da pandemia da Covid-19, a TV Globo reexibiu a final da Copa Libertadores de 2011 vencida pelo Santos contra o Peñarol por 2 a 1, no Pacaembu. Adilson Batista participou apenas de um jogo no campeonato, e falou ao GE sobre a conquista.
“De verdade, não sinto (campeão). Eu fiquei muito chateado”, limitou-se a dizer.
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2010 a 2011 foi o único período em décadas que o Santos demonstrou alguma lucidez administrativa e se comportou como time grande.
Não a toa bateu 65 mil sócios , até então maior número no estado de sp e 3° no país , não a toa conseguiu manter times competitivos com superávit nos balanços e não a toa teve seu período mais vitorioso pós era Pelé.
Na libertadores 2011 conseguiu ter mais de 30 mil de média de público com os 4 jogos que fez no Pacaembu ( algo inédito , MT dirigiu o Santos em 7 libertadores e nunca mandou um único jogo no Pacaembu ) mesmo colocando na conta os públicos pífios da espelunca Belmiro , como por exemplo os 6 mil pagantes contra o cerro porteno na primeira fase
Infelizmente o Laor cedeu a força dos belmirolandianos, o bando de parasitas vagabundos que não largam o osso , cometendo erros absurdos como jogar uma semi de LIBERTADORES (2012) na espelunca belmiro , numa das maiores vergonhas da história recente do Santos ( quem será que desligou o disjuntor?)
Aliás a partir daquela derrota com meia dúzia de gatos pingados na arquibancada e imagem de longe preta a coisa começou a desandar no Santos afinal a sorte “ajuda” os competentes na mesma proporção que a falta dela “atrapalha” os incompetentes
Esse técnico só não consegue ser PIOR do que o LISCA.
Porém NÃO CONSEGUE ser melhor.
Muito RUIM, fraco, tá no lugar que merece.
Pois é. Hoje o atual técnico, diz ser pelo menos, tem um aproveitamento de 13,3% na temporada contra adversários que disputam a Série A, e ainda continua no cargo infelizmente. Não tem um padrão mínimo definido de jogo, escala mal e quando é hora de mudar demora e quando muda ainda muda errado e consegue piorar o time em campo. Acorda presidente Rueda antes que seja tarde demais. Saudações SANTISTAS a todos.
Pois é, o aproveitamento do Odair é bem pior e está mantido no cargo, vai entender…
É meus kamaradas sem palavras a única coisa a dizer é saudades de quando a gente éramos felizeses e não sabíamos época de glórias