O lateral Zeca não atua em uma partida oficial desde outubro do ano passado (Crédito: Ivan Storti/SantosFC)

A disputa judicial entre o lateral-esquerdo Zeca e o Santos deve afastar o jogador dos gramados por pelo menos seis meses. A audiência sobre o caso está marcada apenas para abril e nenhum clube parece disposto a comprar a briga jurídica do jogador.

No Brasil, Zeca chegou a acertar verbalmente com o Flamengo e deu entrevistas em um jogo festivo no Paraná falando sobre a “nova equipe”, mas o departamento jurídico do clube carioca vetou o acordo.

O lateral-esquerdo também chegou a viajar para a Espanha supostamente para acertar com o Girona, mas não foi anunciado dentro da janela de transferência, que encerrou na maioria dos países europeus nesta quarta-feira.

Como conseguiu a liberação na Justiça em um período em que a janela ainda estava aberta (dezembro), em teoria, o jogador ainda pode acertar com outros clubes europeus antes da janela de transferência de verão, no meio do ano. Porém, na maioria dos casos o período de inscrição nos campeonatos nacionais coincide com o término da janela. Logo, ele não poderia atuar até o meio do ano.

Além disso, especialistas em direito desportivo consultados pelo DIÁRIO afirmam que a Fifa faz uma profunda investigação em casos de transferências internacionais em que os atletas conseguem as liberações através da Justiça. Tal fato é levado em consideração pelos clubes da Europa no momento das negociações.

Zeca não atua desde outubro quando entrou na Justiça pedindo a liberação do Santos sob a alegação de atraso no pagamento de FGTS e insegurança para trabalhar, mas perdeu nas primeiras instâncias. Em dezembro, conseguiu um Habeas Corpus que, em teoria, o liberaria para trabalhar em outro clube.

O Santos não pensa em ter o jogador de volta no seu elenco, mas não vai liberá-lo sem o pagamento de uma multa rescisória. Na Justiça, esse valor está em R$ 50 milhões para transferências nacionais e aproximadamente R$ 180 milhões para transferências internacionais.