Jair abraça Rodrygo, seu jogador mais decisivo (Crédito: Ivan Storti/Santos FC)

Jair Ventura pôde respirar aliviado depois da goleada por 5 a 2 em cima do Vitória, neste domingo, na Vila Belmiro. Após cinco jogos sem vencer, o treinador estava muito pressionado e, em caso de derrota ou mesmo de empate, poderia ser demitido. Mesmo assim, o técnico minimizou a importância da pressão que vem sofrendo no Santos.

O filho de Jairzinho, que foi jogador até os 27 anos de idade, diz estar acostumado às cobranças que são feitas a um treinador de futebol no Brasil e que está muito bem preparado para enfrentá-las.

“Quando fui efetivado (no Botafogo), encontrei o time na 17ª colocação faltando 19 jogos. Terminamos em quinto”, recordou Jair. “A realidade do treinador é ser pressionado. Vida de treinador não é só de bons momentos, mas eu vivia havia dois anos sem pressão, e ela chegou agora. Eu me preparei para isso. Não me preparei só para as coisas boas. Minha carreira está apenas começando. Viverei as coisas boas e as ruins.”

Apesar da goleada, Jair não está completamente seguro no cargo. A próxima partida do Santos será o clássico contra o Corinthians, na casa do rival, na quarta-feira. Não por coincidência, os dois últimos treinadores efetivos do Peixe foram demitidos após derrotas em clássicos: Levir Culpi, para o São Paulo, e Dorival Júnior, para o Corinthians.

“Clássico é muito importante, o peso é maior. A vitória é obrigação na vida do treinador, então não fizemos mais do que a obrigação hoje (domingo). Temos de continuar fazendo a obrigação. Eles jogam em casa, com trabalho definido desde a era Mano e Tite, mas o Santos tem sua força e vamos em busca da vitória”, afirmou Jair.

Com o triunfo deste domingo, o Santos deixou a zona do rebaixamento e agora ocupa a 15ª colocação do Brasileirão, com nove pontos. O clássico desta quarta-feira será disputado às 21h, na Arena Corinthians.