Tem sido comum na Vila Belmiro. Toda vez que Jean Mota está em campo é muito vaiado pelos torcedores. Na última partida, diante do CSA, não foi diferente. O meia sabe que o tratamento que ele recebe é diferenciado dos demais jogadores, mas já tem em mente o que precisa fazer para isso mudar.
“A gente é profissional, sabe que eles vão cobrar. Sempre para um jogador é mais, assim como eu. Se eu errasse um passe, a vaia seria grande. Se outro jogador errasse, seria normal. Eles estão no direito deles. Tenho que pensar no Santos e só assim posso mudar isso. É só pelo trabalho. Sempre trabalhando, tentando melhorar”, afirmou o meia.
Em três anos e meio de clube, a relação de Jean Mota com o torcedor santista nunca foi de muita paz, com exceção do Campeonato Paulista desse ano, em que o meia foi eleito o craque da competição. Jean lamenta o fato e sabe que as vaias não ajudam em nada.
“Não chega a ser uma dor. É uma tristeza. O cara me xingar não me faz correr mais. Ao invés de ter incentivo, a vaia acaba prejudicando. Você tem que estar focado para isso não prejudicar. Por medo de ser vaiado, você acaba fazendo o básico e não tentar algo que pode mudar o jogo”.
Um bom começo é saber que precisa trabalhar mais. Agora, precisa também raciocinar melhor. Jogador de criação que não sabe o que fazer com a bola não dá. Jogando em casa, o time todo no ataque, procurando o gol e o craque do paulistinha atrasa a bola para a defesa. Sempre que fizer isso, sabe que vai ser vaiado, e isso vai acontecer se estiver jogando em qualquer time grande. Se tá com medo de errar e por isso fica tocando de ladinho, não pode exigir a condição de titular. Não pode nem ser jogador do Santos. Não pode ganhar o que ganha. Fica pedindo para entrar e, quando isso acontece, refuga?