A menos de um mês da estreia do Santos na Libertadores, o técnico Jesualdo Ferreira voltou a falar sobre o pouco tempo de preparação das equipes brasileiras até o início das competições oficiais. Em entrevista coletiva após a vitória sobre o Botafogo-SP, na Vila Belmiro, o treinador projetou uma equipe melhor taticamente e mais agressiva na estreia diante do Defensa y Justicia, na Argentina, no próximo dia 3 de março.
No entanto, Jesualdo explicou que nenhuma equipe chegará 100% preparada para a primeira rodada da Libertadores, por isso, será necessário entrar em campo da melhor forma possível para evitar perder pontos na fase de grupos da competição.
“Não tem resposta exata. Espero que a equipe evolua os níveis físicos e se entenda melhor taticamente dentro do jogo. Temos que melhorar nossa subida agressiva. Quando chegarmos à Libertadores ainda não teremos dois meses de trabalho. Da minha experiência, nenhuma equipe consegue em dois meses ter níveis de poder dizer que chegou a um bom estágio de preparação. Esperamos estar em condições de discutir o jogo lá na Argentina e conseguir resultados positivos. São seis jogos. Qualquer ponto perdido é difícil de recuperar. São seis jogos especiais e precisamos ter uma equipe especial”, explicou.
O Santos tem mais três jogos antes da estreia na Libertadores. No próximo domingo, o Peixe enfrenta a Ferroviária, fora de casa. Em seguida, no dia 22, a equipe de Jesualdo Ferreira visita o Ituano, em Itu, e, por fim, o Alvinegro encara o Palmeiras, no dia 29 de fevereiro, na Vila Belmiro.
Tricampeão da Libertadores (1962, 1963 e 2011), o Santos está no Grupo G da competição, junto com Defensa y Justicia, da Argentina, Olimpia, do Paraguai, e Delfin, do Equador.
O problema é que a equipe não tem demonstrado uma grande evolução, muito pelo contrário, tem apresentado um futebol que é demasiadamente lento, que deixa a defesa adversária ficar bem postada e os jogadores do Santos parados, sem dar opção, no melhor estilo “pebolim” (ou totó, como diriam os mineiros). O meio de campo inexiste. Não existe um meia articulador. Existe um buraco entre defesa e ataque. O Para não se arrisca no ataque, raramente faz a passagem. Se colocar um cone na frente dele, ele recua a jogada. Os zagueiros são inseguros e fracos no jogo aéreo. O Felipe Jonatan ataca razoavelmente, mas deixa um buraco as suas costas. O Alisson fica entre os dois zagueiros na saída de bola e não tem qualidade para ir além do meio de campo, pois erra muitos passes e não sabe driblar. O Pituca e o Sasha não se encontraram no esquema do Jesualdo. O Sanches é esforçado, mas não tem a qualidade de um meia armador. O Raniel é um centroavante que, assim como o Kaio Jorge, não tem as caracteristicas de atacante de lado. O Sasha corre muito e produz pouco. O Soteldo fica sozinho tentando encarar marcação dupla, encaixada, com jogadas individuais. Os garotos da base não são raios para salvar o Sabtos. O Santos de Jesualdo não irá longe na Libertadores.