Presidente deixou o Santos no final de 2020 (Crédito: Ivan Storti/SantosFC)

A justiça da 1ª Vara Cível do Foro de Santos decidiu arquivar o processo do Santos contra o ex-presidente José Carlos Peres exigindo devolução de cerca de R$ 175.247,47 por suposto “enriquecimento ilícito”. Esses valores envolvem o cartão corporativo do clube com gastos pessoais envolvendo dentista, salão de beleza feminino, farmácia e supermercado.

“Considerando a relação existente entre as partes, de mandato, deveria o autor (Santos) a bem da verdade ter intentado uma ação de prestação de contas, exigindo do réu explicações para os gastos pessoais e as despesas tidas como irregulares, e não ter intentado uma ação de restituição de valores que ainda se mostram incertos e condicionais”, escreveu na sentença o juiz.

Em um grupo WhatsApp, Peres comemorou a “vitória” e diz ter sido humilhado no clube, mas não pretende processar o Santos por danos morais.

“Justiça feita, graças a Deus. Foi humilhado por gastos que não fiz. Eu tinha motorista e segurança. Eles pegaram almoços dessas pessoas humildes e jogaram no caso. Eu pagava tudo do bolso. Em três anos no clube, meus gastos foram de 26 mil. Agradeço a Deus pelo juiz imparcial no caso”, disse.

“Até pensei (em processar por danos morais), mas o Santos foi tão vítima quanto eu”, completou o ex-presidente.

José Carlos Peres sofreu impeachment em novembro de 2020. Eleito em dezembro de 2017, o Conselho Deliberativo do clube tomou essa decisão após processo que apurou irregularidades na gestão.

Entre as contestações que geraram o impeachment, estão as comissões pagas na venda de Bruno Henrique para o Flamengo, uso de cartão corporativo do Santos por uso pessoal e diferenças entre o que havia sido orçado e o que foi gasto.

Procurado pelo DIÁRIO DO PEIXE, o Santos não respondeu até a publicação desta reportagem