Kleiton Lima destaca o resgate de jogadores como Diego Cardoso e Diogo Vitor (Crédito: Ivan Storti/Santos FC)

O vice-campeonato no Brasileiro de Aspirantes não garante ao Santos B sua continuidade em 2018. O novo presidente do clube, José Carlos Peres, fará uma grande reformulação nas categorias de base do Peixe e nesse projeto está a permanência ou não da equipe, que tem na sua grande maioria jogadores profissionais com menos de 23 anos.

O alto custo de manutenção dos atletas (cerca de R$ 800 mil mensais) é o principal adversário do time hoje comandado pelo técnico Kleiton Lima. Jogadores muito questionados por também já terem tido oportunidades no profissional e não correspondido, culminando no “rebaixamento” para o time B, é outro tema enfrentado. Mas Lima acredita na permanência da equipe para a próxima temporada.

“Meus votos são para que o trabalho continue. Os grandes clubes da Europa mantêm um time Sub-23 para amadurecer seus jogadores e essa é uma tendência nacional. Na minha comissão técnica temos esse exemplo com o meu auxiliar, o Marcelo Passos. Ele jogou muito pelos aspirantes do Santos até se fixar no time profissional e conseguir o seu espaço. O Santos forma muito jogador e em algumas vezes aquele determinado atleta ainda não está pronto para o time principal, se perde, mas ele pode vir a ser um grande jogador e render muito em campo e financeiramente, não deixando o clube precocemente”, defendeu Lima, que apontou o meia Felipe Anderson, hoje na Lazio, da Itália, como um caso de jogador que deixou a Vila cedo e se valorizou mais tarde.

Sobre o desempenho desse ano da equipe, Kleiton Lima lamentou o título perdido do Campeonato Brasileiro para o Internacional, mas enalteceu os resultados em campo e o legado.

“Perdemos apenas um jogo na competição que foi a primeira final. Um vice no Brasil nunca tem muito valor em termos de conjunto, mas vejo os frutos que ficaram. O Santos B resgatou o futebol do Diego Cardoso e do Diogo Vitor. O Gregore e o Diego Pituca (ambos meio-campistas) também apareceram. A decisão final de quem sobe para o time principal é da diretoria e da comissão, mas o legado é positivo”, finalizou o treinador.