Peres e Teixeira durante o lançamento de livro do presidente do Conselho Deliberativo (Crédito: Diário do Peixe)

O presidente do Conselho Deliberativo do Santos, Marcelo Teixeira, entende que os dois processos de impeachment contra o presidente José Carlos Peres têm fundamento. Ambos os pedidos foram aprovados na noite desta segunda-feira pelo Conselho e agora serão objetos de votação pelos sócios.

No total, 248 conselheiros compareceram ao plenário (de 301 possíveis), sendo que quatro formavam a Comissão de Inquérito e Sindicância (CIS), que analisou os pedidos, e não tinham direito a voto. Para que fossem aprovados, os pedidos precisavam de dois terços dos votos, e foi o que ocorreu, em votação bastante apertada.

“A imagem do clube fica desgastada. Se existem erros, eles devem ser julgados e apurados. Existem dois pareceres da CIS e ambos foram favoráveis aos impedimentos. Isso demonstra que existem irregularidades. No Conselho foi deliberado que as irregularidades foram graves e por isso foi votado a favor, mas não é definitivo”, disse Marcelo Teixeira.

A votação foi marcada por muitas discussões devido a brechas no Estatuto Social, que diz que a votação do impeachment leva em conta os conselheiros presentes. Quem era contra o impedimento dizia que os membros da CIS, mesmo impedidos de votar, contavam no total, já que são conselheiros e estavam presentes. A comissão de estatuto foi convocada e decidiu que os quatro não contariam no plenário presente.

“Eu não gostaria de ser o presidente do Conselho em uma experiência como essa, mas faz parte. Temos de conduzir o processo de uma forma tranquila, respeitosa, transparente. Foi exercido o direito do quadro de conselheiros nesta noite. O Conselho decidiu pela aprovação de ambos os pareceres e cabe agora à mesa definir a data futura da assembleia geral que decidirá sobre a continuidade ou não da administração do presidente José Carlos Peres”, disse Teixeira.

O próximo passo, sendo assim, é a convocação de uma assembleia geral de sócios, que precisa ser chamada com ao menos 15 dias de antecedência. A tendência é que ela ocorra no dia 29 deste mês. A estrutura a ser montada para a votação deve ser parecida com a das eleições presidenciais, que ocorreram em dezembro.

“Estávamos aguardando a apuração no Conselho. Temos de avaliar o cronograma para termos estrutura diferenciada, é como na eleição. Temos de prever a quantidade apta do quadro associativo que pode comparecer”, explicou Teixeira.