Presidente Andres Rueda é um dos líderes do movimento (Crédito: Pedro Ernesto Guerra Azevedo/Santos FC)

O presidente do Santos, Andres Rueda, foi escolhido um dos líderes da Libra – acrônimo para Liga do Futebol Brasileiro. Em reunião realizada na sexta-feira (24), o grupo de 13 clubes tomou essa decisão com o intuito de se aproximar com o restante dos times.

Para explicar, um grupo de 25 clubes das Séries A e B acordou uma ação para negociar direitos de transmissão em conjunto. Esse grupo se “separou” dos 13, principalmente pela questão da divisão de dinheiro dos direitos de transmissão de uma eventual liga.

A Libra gostaria de dividir receitas da seguinte forma: 40-30-30 (40% de rateio igualitário, 30% por performance e 30% por audiência engajamento). Os outros 25 clubes, porém, preferem que a divisão em 50-25-25. A informação inicial foi divulgada pelo UOL.

Além de Rueda, Duílio Monteiro Alves, do Corinthians, e Thiago Scuro, do Bragantino, serão os “cabeças” e vão agir em nome do bloco e acelerar as conversas com o outro grupo dos 25.

Atualmente, a Libra é formada pelos seguintes clubes: Botafogo, Flamengo, Vasco, Cruzeiro, Corinthians, Palmeiras, Santos, São Paulo, Red Bull Bragantino, Guarani, Ponte Preta, Novorizontino e Ituano, além do Grêmio, que aparece como convidado.

O grupo dos 25 é formado por: América-MG, Atlético-MG. Atlético-GO, Athletico-PR, Avaí, Brusque, Ceará, Chapecoense, Coritiba, CRB, Criciúma, CSA, Cuiabá, Fluminense, Fortaleza, Goiás, Internacional, Juventude, Londrina, Náutico, Operário, Sampaio Côrrea, Sport, Tombense e Vila Nova.

Veja a íntegra da nota distribuída pela Libra:

“A LIBRA se reuniu nesta sexta-feira, em São Paulo, para uma assembleia avaliada como extremamente produtiva. Com a presença de Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Guarani, Grêmio (convidado), Ituano, Novorizontino, Palmeiras, Ponte Preta, Red Bull Bragantino, Santos, São Paulo e Vasco, a entidade tratou de diversos assuntos internos, constituindo um enorme avanço em direção à consolidação do tão desejado e necessário projeto de formação de uma Liga independente, escrevendo mais um capítulo na história de transformação do futebol brasileiro.

Com uma agenda positiva, os clubes analisaram amplo material e estudos que demonstram as inúmeras possibilidades de desenvolvimento de negócios da LIBRA.

Entre as definições, e seguindo as melhores práticas internacionais, os clubes deliberaram, de forma unânime, que a gestão da LIBRA deverá ser conduzida totalmente por profissionais reconhecidos de mercado, evitando que exista ingerência política na administração da entidade. Os clubes avançaram ainda nas discussões das projeções financeiras que fundamentarão o início das negociações com potenciais investidores.

Na assembleia, os clubes também voltaram a reafirmar a disposição de sempre em dialogar de forma justa e transparente para viabilizar a integração dos demais clubes que ainda não assinaram sua participação oficial na LIBRA”.