Peres foi eleito presidente do Santos para o triênio 2018/2019/2020, mas acabou sofrendo impeachment há dois meses (Crédito: Divulgação/Santos FC)

A permanência de Lucas Veríssimo na Vila Belmiro é incerta. Apesar de ter contrato com o Peixe, o jogador força sua saída para o Benfica, de Portugal.

O clube português tenta há dois meses contratar o defensor, mas não chegou ainda a um acordo com o Santos. Descontente com o andamento das negociações, Veríssimo já pediu para não treinar e até jogar.

No último domingo, contra o Ceará, Veríssimo não entrou em campo. Andrés Rueda, que assumirá como presidente do Peixe em 1º de janeiro, não descarta vender o jogador para o próprio Benfica, mas não quer liberar o atleta antes do término da Copa Libertadores.

E a situação de Lucas Veríssimo no Santos é complicada há quase três anos. José Carlos Peres, presidente que sofreu o impeachment no Peixe, falou sobre as negociações passadas envolvendo o jogador. Peres falou que Veríssimo chegou a ser vendido para o Spartak, da Rússia.

“O Lucas desde que eu entrei ele tinha essa vontade de ir embora para a Europa, que é um sonho dele e temos que respeitar. Vendemos ele em 2018, só que conclusão do negócio com os russos não aconteceu. Chamamos (Veríssimo), pedimos para ele subir a São Paulo, estávamos em cinco representantes do Comitê Gestor, e o russo falou que tinha a proposta assinada e falou para ele se continuava com a mesma intenção. E ele disse que não foi ele que assinou. Começou uma discussão grande, o russo (do Spartak) ficou nervoso, estava tudo acertado, mas infelizmente deu problema e a culpa não foi nossa. Então precisa ver os dois lados. O valor era de 7,5 milhões de euros limpos, os 80% do Santos. Acabou não dando negócio e a culpa não foi nossa. Mas ele pode falar mais da situação”, disse Peres, que depois explicou mais duas negociações frustradas envolvendo o atleta.

“Teve outra oportunidade com o Torino, da Itália. Negociamos bastante, era uma sexta e no sábado o Torino contratou um jogador do Atlético Mineiro. Era uma proposta de 10 milhões de euros. Mas mais tarde recebi a proposta que nunca tinha visto. Também teve com os empresários dele. Vieram para uma reunião comigo e me ofereceram 6 milhões de euros, mas pra quem tinha tido uma proposta por 10, como eu ia vender por 6. Acho que era da Udinese, não me lembro o clube, era italiano, Lazio, não lembro. Eu falei pelo menos uns 7,5 de euros limpos para o Santos. Com esse valor eu liquidava o transfer ban. Isso foi em setembro. E de repente veio o impeachment de forma irregular e o negócio parou”, explicou Peres.

O cartola disse na live do DIÁRIO DO PEIXE que vender um jogador era seu objetivo, pois assim conseguiria passar pela turbulência da pandemia. Mas quando o assunto foi negociar Lucas Veríssimo nas condições atuais, com o Benfica pagando em várias parcelas, Peres detonou a situação.

“Acho essa possibilidade de vender para o Benfica é medíocre, surreal”.