José Renato Quaresma foi o entrevista desta sexta na série de lives sobre o futuro do DIÁRIO (Crédito: Divulgação)

Na série de entrevistas sobre o futuro do Santos, o entrevistado desta sexta-feira foi o conselheiro José Renato Quaresma. Entre outras coisas, ele defendeu uma negociação individual dos direitos de TV, uma análise sobre uma marca própria de material esportivo e parceria com clubes amadores da cidade.

“Se fizer um trabalho bem feito você ganha mais de R$ 1 milhão por mês (com sua própria marca), mas o valor adiantado ou garantido do patrocinador é um dinheiro de necessidade do clube. Por isso que falo, a necessidade do clube o faz se vender por um valor mais baixo”, afirmou.

A série de lives volta na segunda-feira, com a participação de Pedro Doria, membro do Comitê de Gestão do Santos. A Live começará às 20h30min, em nosso canal no Youtube. Confira os principais pontos da entrevista com José Renato Quaresma:

DIREITOS DE TV

Entendo que os clubes precisam negociar individualmente, independentemente, que a negociação tem de ser individual. O Santos tem uma torcida imensa e é o segundo clube de muita gente. O Santos era o time que mais tinha jogados comprados há três, quatro anos. Você precisa de um time competitivo porque um time competitivo te faz chegar em valores melhores com a TV.

O Santos é muito respeitado, mas negocia muito mal. Na necessidade de ter dinheiro, o Santos “abre as pernas” muitas vezes e isso precisa começar a mudar. Isso muda quando tem um equilíbrio administrativo, financeiro e futebol.

MARKETING

O dinheiro que vem de um patrocinador, que às vezes é R$ 14 milhões, R$ 13 milhões, vamos arredondar R$ 12 milhões. Se fizer um trabalho bem feito você ganha mais de R$ 1 milhão por mês, mas o valor adiantado ou garantido do patrocinador é um dinheiro de necessidade do clube. Por isso que falo, a necessidade do clube o faz vender por um valor mais baixo.

O Santos precisa ter três linhas de empresas. Uma de uniforme, uma de produtos e outra de relação com o torcedor. Marketing do Santos é muito atrasado. Existem pessoas capacitadas lá dentro, mas não deixam trabalhar. Muitas vezes as coisas não andam porque ficam amarradas. Quando você fala que a camisa de uma criança não chegou na loja, você precisa ter uma fiscalização para ficar em cima disso.

ESTRUTURA

O Santos não tinha como buscar uma parceria junto aos times de várzea para utilização dos campos. Existem várias ideias e possibilidades, mas não trouxeram porque não interessam coisas baratas e que tenham resultado, interessa coisas de volume, onde você traga visualização para a sua administração, mas várias passaram e o clube segue na mesma.

ARENA

Sou à favor dos jogos em São Paulo. A maioria das finais que eu fui foi em São Paulo. Nunca houve esse processo de briga entre cidades que acontece ontem. Vamos em alguns pontos. O Santos tem receita hoje para manter uma Arena? O São Paulo tem dificuldade hoje na manutenção do Morumbi. Construção de uma Arena em Santos é viável? Como vai sustentar essa arena? Com grande shows? Não, grandes shows são feitas só em capitais. Se você me perguntar se Santos comporta uma Arena, eu diria que não. Santos comporta um estádio moderno. Não é ser contra ou à favor. É uma avaliação do que o Santos pode ter sem jogar dinheiro fora. A discussão tem de ser muito ampla.

Um segundo estádio só se ele for a um custo zero para o clube. O Santos não tem receita para sustentar um, dois é um tiro no pé.

VOTO À DISTÂNCIA

Sou totalmente à favor, mas o voto à distância precisa ter regras.