Cartaz de divulgação da Orlando Cup (Crédito: Reprodução)

A organização da Orlando Cup pretende cobrar uma indenização do Santos pela desistência do clube de participar do torneio, que acontecerá no começo de 2025, nos Estados Unidos. O Peixe anunciou a saída do torneio na noite desta sexta-feira, em uma decisão tomada pelo CEO, Pedro Martins, e pelo técnico, Pedro Caixinha.

“Queremos que eles (Santos) assumam os prejuízos que tivemos com reservas de vôos, hotéis, etc. Além da existência da multa contratual, tivemos uma perda muito grande de imagem, de credibilidade. Estamos calculando os prejuízos”, afirmou Ricardo Manfrini.

A participação do Santos no torneio foi acertada pelo assessor da presidência, Júnior Bozzela, e pelo conselheiro Marcelo Teixeira Filho. Na ida, parte da delegação, composta por 60 pessoas, faria uma escala em Bogotá, na Colômbia, e parte seguiria direto. O retorno seria em vôo direto.

“Estava tudo pronto. Atendemos a todos os pedidos do Santos, tratamos como um Barcelona, um Manchester City. Eles iriam treinar no complexo da Disney, o hotel ficaria a dez minutos do complexo, a alimentação seria como foi pedida pela nutricionista. Estamos tristes. Não dá para cancelar dez dias antes do evento”, afirmou Manfrini.

Na nota oficial, o Santos cita também dois motivos para a desistência, numa tentativa de ficar isento do pagamento da multa: a mudança de adversário e pela “não confirmação de transmissão do torneio para o Brasil por plataformas digitais e televisivas”.

“É mentira o que o Santos fala. A transmissão dos dois jogos estava confirmada no SporTV”, garante Manfrini.

Sobre a desistência do Atlético Nacional, o organizador do torneio cita problemas burocráticos e elogia o substituto, o Miami United, que não disputa as principais competições dos Estados Unidos.

“O Atlético Nacional teve um problema com os vistos, que foram cancelados. O Miami United é uma equipe competitiva, o Adriano Imperador encerrou a carreira lá, já enfrentaram outros grandes clubes do mundo”, afirmou Manfrini.