O título do Campeonato Brasileiro de 2002 é considerado por muitos santistas como o mais importante depois da Era Pelé, mais ainda do que a Libertadores de 2011. O responsável por levantar aquele troféu tão importante foi o volante Paulo Almeida, que já está aposentado, morando em sua cidade natal, Itarintim (Bahia).
O capitão de 2002 participou da Live com o jornalista Ademir Quintino e falou sobre aquela histórica conquista do Peixe. Além de 2002, a Libertadores de 2003 e a saída do Santos também foram assunto da entrevista de Paulo Almeida.
Brasileirão 2002
“Até então, ainda não tinham sido reconhecidos os títulos da Era Pelé. Aquele tinha sido o primeiro título brasileiro que o Santos conquistou. Até hoje, ainda estamos tendo ideia do nosso feito. Foi o melhor time que eu joguei. A melhor fase da minha vida, em todos os termos. Se a gente tivesse mantido aquele time, teríamos conquistados mais títulos do que conquistamos.
No hotel, ninguém dormiu (na véspera da final). Teve até desfile de chuteira. Todo mundo mostrando a que ia usar na final. No vestiário, o professor Leão nos passou tranquilidade, para fazermos o que fizemos em toda a competição. Sabíamos que o Santos vinha de muitos anos sem conquistar títulos. Perder ali, podia deixar uma sequela grande.
Passou o filme de 2001 na cabeça. O empate era nosso e tomamos aquele gol. Não tínhamos mais o professor Leão lá, nosso porto seguro. A gente se acertou e o neguinho resolveu. Pedalada resolveu para a gente”.
Liderança
“A vantagem, é que muitos me conheciam da base. Eu era capitão na base mesmo. Já dormiam me escutando. Fui capitão no Sub-17. Quem me colocou foi ‘só’ o Coutinho”.
Quartas contra o São Paulo
“Naquele mesmo ano, perdemos um jogo para o São Paulo, que eles não passaram do meio no primeiro tempo. Nosso time jogou demais, criou várias oportunidades e acabou não fazendo. Ficamos felizes. Indo e voltando para a concentração, o professor Leão colocou o vídeo do primeiro tempo para vermos e disse que se fizéssemos igual, íamos passar. Não deu outra”.
Libertadores 2003
“Faltou experiência. A maioria daqueles jogadores jogava a primeira Libertadores. Boca era cascudo. Tinha vencido a competição em 2000”.
Cartão para o árbitro
“Fábio Costa fez um pênalti e o Larrionda ia dar o cartão. O Fabiano (genro do Luxemburgo) tirou o cartão dele e me deu. Eu mostrei o cartão para ele. Era para ter me expulsado, mas levou na brincadeira. Já estava no final do jogo”.
Saída do Santos para o Benfica
“Saí no meio do ano de 2004. Se tivesse a cabeça de hoje, tinha concluído meu contrato (no Benfica). Fiquei dois. A gente sabe que demora para adaptar, não quis esperar. Vim para o Corinthians, na época da MSI”.
Atualmente
“Estou no meio do mato. Eu que tomo conta da fazenda. Agora sou vaqueiro”.
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