Pepe foi bicampeão da Libertadores com o Santos (Crédito: Reprodução)

A proximidade da partida entre Santos e Boca Juniors em La Bombonera trouxe lembranças de grandes confrontos entre as duas equipes na história. Em um deles, o Peixe se tornou bicampeão da Libertadores da América, vencendo os argentinos duas vezes, sendo a partida decisiva em Buenos Aires.

O Peixe tinha vencido no Maracanã por 3 a 2 e voltou a triunfar fora de casa por 2 a 1, de virada, gols de Coutinho e Pelé. O DIÁRIO DO PEIXE conversou com um dos heróis daquele 11 de setembro de 1963, em La Bombonera. José Macia, o Pepe, lembra a pressão sofrida e superação para a conquista do bi.

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“Era muito difícil ganhar dos argentinos na casa deles. Tinham grandes times. Era quase impossível ganhar do Boca Juniors lá, mas para o time do Santos não tinha tarefa impossível. Ganhamos de 2 a 1, contra uma torcida incrível. Nunca vi uma pressão igual naquela partida, a gente quase não ouvia o apito do juiz. Conseguimos esse vitória história, que considero uma das maiores da minha carreira”, lembrou o Canhão da Vila.

“Jogar objeto na gente era normal naquela época. Chinelo, sapato, fruta. Era uma torcida inflamada que procurava ajudar o time deles e assustar o adversário. O Santos não tinha medo disso. Não ter torcida acho vantajoso para o Santos. Pode explorar bastante, jogar de igual para igual e tem condições de conquistar uma grande vitória”, seguiu Pepe.

O Canhão da Vila também deu dicas para os atuais jogadores santistas. Para o ídolo eterno, os atletas precisam ter calma, para não cair na provocação dos argentinos.

“Minha dica é que procurem jogar futebol. Eles vão ser provocados. Tem muitos jogadores experientes que vão fazer isso, ver se conseguem uma expulsão. Santos tem que começar e terminar com 11 jogadores para ganhar o jogo. O Santos tem muito mais chances de ganhar e vai conseguir”.

Santos e Boca Juniors se enfrentam nesta quarta-feira, 19h15, em La Bombonera. A partida de volta está marcada para o dia 13 de janeiro, na Vila Belmiro.