Cueva e Santos estão brigando na Justiça (Crédito: Ivan Storti/Santos FC)

Cueva já não é mais jogador do Santos, mas o processo envolvendo o clube e o atleta continua sendo assunto inevitável para o presidente José Carlos Peres. O mandatário santista deu entrevista à Rádio Transamérica e explicou a negociação que trouxe o meia para jogar no Peixe.

“Nunca eu manifestei que eu gostaria de ter o Cueva. Houve um pedido, eu falei sobre ser um jogador irresponsável, mas Sampaoli falou que mudou. Eu chegava no CT e primeira coisa que ele falava era sobre o Cueva. Não culpo Sampaoli, não colocou revólver na cabeça, mas pediu no meio do sucesso. Quem ousava dizer não? Tínhamos duas opções. Ricaurte, do Independiente de Medellín, e Cueva. Pediram valor maior e optamos pelo Cueva. Na primeira semana tiveram desentendimento e Sampaoli já falou que não jogaria mais com ele”.

Cueva chegou ao Santos em fevereiro do ano passado e se tornou a segunda contratação mais cara da história do clube. Nesse ano, ele deixou os treinamentos do Santos alegando atrasos nos direitos de imagem e viajou para o México para assinar com o Pachuca.

“Cueva abandonou o clube e foi para o Pachuca, assumiu responsabilidade. FIFA fez liberação forçada. Estamos conversando bastante com o Krasnodar, dono do jogador. Santos não tem culpa, entenderam que o jogador abandonou. Vão aguardar o resultado do que prometeu a Fifa, que é resguardar direitos do Santos. Multa é de 100 milhões de euros, mas clube nem tem essa disposição para pagar. Estamos com um escritório especialista na Justiça e a possibilidade é de 100%, 99%, para um acordo e que as partes não tenham prejuízo”.

Sobre a dívida do Santos com o Krasnodar, da Rússia, referente a compra de Cueva, nada muda. O Peixe terá que pagar ao time russo o valor de R$ 26 milhões em três parcelas, conforme acordado. A primeira parcela já venceu no final do mês de março. Os dois times se acertaram para esperar a decisão da FIFA sobre o processo.