Apesar da vitórias nas urnas, Peres quer seguir com denúncia de fraude nas eleições (Crédito: Divulgação)

O presidente José Carlos Peres e o membro do Comitê Gestor e segundo candidato mais votado nas eleições do ano passado, Andrés Rueda, foram ao 2º Distrito Policial da cidade de Santos para prestar depoimento a respeito das denúncias de fraude nas urnas 10 de Santos e 5 de São Paulo, durante a eleição do clube em dezembro de 2017.

“Existe um dossiê que foi encaminhado. Aquele processo que os empresários de futebol estão envolvidos, onde eles pagavam a mensalidade do sócio. O sócio precisa ter um ano como sócio para poder votar de acordo com o Estatuto do clube. A gente percebeu que, um mês antes da eleição, houve uma explosão de novos sócios. Pela imprensa, nós descobrimos que havia suspeitas de fraudes. Entramos em conjunto, as três chapas da oposição, e fizemos as denúncias. Muitos destes suspeitos não compareceram na eleição, e isso foi primordial para que não tivesse outro desfecho”, disse Peres após o depoimento e a entrega do dossiê.

Mais de três mil pessoas se associaram ao Santos entre julho e novembro de 2016, últimos meses do prazo para poder votar nas eleições do ano seguinte. Mesmo com a vitória nas urnas, o processo segue em andamento.

“Obviamente que isso vai ser motivo de investigação e todos estão sob suspeitas. Ninguém é acusado antes do juiz dizer que ele é culpado. Isso foi encaminhado e eles farão a investigação para que essas suspeitas se tornem provas”, salientou o presidente e discursou: “O futebol brasileiro precisa passar por uma reforma. Não é possível o que aconteceu no Vasco e no Santos se repitir. Quando o futebol não tem credibilidade, ele perde a reputação, e isso reflete no campo. A torcida pensa que são cartas marcadas”.

Se o dossiê entregue por Peres obtiver êxito, provando a compra de votos por parte do ex-mandatário, Modesto Roma Jr pode responder judicialmente e perder seu cargo como conselheiro do Santos.