Peres e Sampaoli tiveram relação tensa em 2019 (Crédito: Ivan Storti/Santos FC)

Apesar de ter chegado ao fim em dezembro de 2019, a relação Santos e Jorge Sampaoli ainda repercute na justiça. As duas partes brigam pela multa da rescisão contratual. O presidente Jose Carlos Peres deu entrevista ao canal Os Canalhas, do Portal UOL, explicando tudo o que aconteceu na saída do treinador.

“Chegou uma hora que ele disse que ia embora, antes de terminar o campeonato. Ele exigiu que tirasse a multa. Falamos que íamos tirar a multa a partir de 10 de dezembro. Dia 8, fizemos um reunião tumultuada. Eu não sou de perder a paciência, mas perdi. Ele pediu demissão. Disse que não ficava se não dessemos R$ 100 milhões e quem contratava era ele. Foram oito testemunhas. Ele saiu e quebrou o contrato. Entramos na justiça e pedimos o pagamento da multa”.

Na ação movida pelo técnico, Sampaoli cobra o valor da multa rescisória (cerca de R$ 10 milhões) por alegar atrasos no pagamento de FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), além da premiação pela classificação do Santos para a Copa Libertadores, que deveria ser paga em janeiro.

O Santos, por sua vez, alega que o treinador pediu demissão no dia 10 de dezembro (ele alega ter sido no dia 11). Com isso, o clube cobra o pagamento da multa por parte de Sampaoli, já que a cláusula só perderia o valor depois do dia 10 de dezembro.

A audiência sobre o caso seria em março, mas foi adiada para junho devido ao coronavírus.