Paulo Bracks tem quase três meses no Santos (Crédito: Raul Baretta/Santos FC)

Paulo Bracks, CEO do Santos, comentou sobre o planejamento do clube para 2025 em entrevista ao De Olho no Peixe. O profissional comentou que só terá movimentos no Departamento de Futebol no fim de novembro, com o fim da Série B, e a eventual confirnaçao do acesso. Além disso, o dirigente comentou sobre a saúde financeira do clube.

“O coração do torcedor vai ficar quente só no final de novembro mesmo, quando a gente tiver oficialmente, tomara que seja até antes, já com o fim da Série B e com o retorno da Série A que é o lugar de onde o Santos não deveria ter saído. A gente tem isso como obrigação aqui. Eu não trabalho sem planejamento, não tem como fazer um trabalho sem planejamento. Na bandeira do profissionalismo, precisa planejar e, às vezes, mais de um planejamento a depender da rota que vai seguir”, explicou.

“A nossa rota é muito clara esportiva e, para a gente ter âxito em uma possível reformulação ou incremento, reforço ou mudança, precisamos fazer o que estamos fazendo. É ter um equilíbrio financeiro, para a gente fazer movimentos que sejam da grandeza do clube, precisamos ter saúde financeiro e é o que estamos fazendo. Esse ano, até vi várias reportagens e vejo informações que o Santos teria arrecadado esse ano que não são verdadeiras. A gente não arrecadou o que colocamos no papel de venda, às vezes são dois ou três anos”, completou.

Bracks ressaltou que os cofres do Santos estão defasados por conta de problemas que começaram bem antes da gestão atual ter iniciado seu mandato. Segundo o CEO, a casa está sendo colocada em ordem, mas aos poucos.

“O que temos de concreto é que neste ano pagamos mais de R$ 100 milhões de dívidas e de gestões anteriores. Para fazer os nossos movimentos, precisamos ter equilíbrio e para ter isso precisamos pagar o que está para trás. Para evitar, Transferban, pagar jogadores contratados na gestão anterior e ter esse equilíbrio de folha para esse ano. Foram mais de R$ 100 milhões e isso faz uma necessidade. E faz com que a gente não compre nenhum jogador nesta janela do meio de ano para podermos fazer no fim de ano. Isso o torcedor tem que entender, como demos passos para trás desportivamente disputando uma Série B e ainda mais para o Santos. É uma novidade ruim. Demos esse passo para trás e temos que dar ao apetite de mercado. Isso vai ser feito ao final de novembro, dezembro e fim de ano. Temos sim um planejamento de clube em uma posição competitiva diferente do que tem esse ano. Isso vai ser tratado no momento oportuno e o que está sendo tratado agora não podemos exteriorizar porque prejudicaria a ordem natural do processo”, acrescentou.

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Ampla reformulação

O Peixe fechou a janela de transferências do meio de ano com as contratações do goleiro Renan, do zagueiro Luan Peres, dos meia-atacantes Billy Arce, Laquintana e os atacantes Wendel Silva e Yusupha Njie. Antes, o Departamento de Futebol trouxe o goleiro Gabriel Brazão, o zagueiro Gil, os laterais Hayner, Aderlan, Rodrigo Ferreira e Escobar, os volantes Diego Pituca e João Schmidt, os meia-atacantes Giuliano, Patrick e Serginho e os atacantes Otero, Bigode, Guilherme e Pedrinho.

Sem contar a devolução do lateral Jorge e as rescisões com o meia Cazares e o atacante Marcelinho. Neste ano, a diretoria ainda vendeu o goleiro John (Botafogo), o zagueiro Joaquim (Tigres), o lateral Lucas Pires (Burnely), o volante Dodi (Grêmio), os meias Jean Lucas (Bahia) e Pirani (DC United) e os atacantes Marcos Leonardo (Benfica), Patati (Israel) e Rwan (Ludogorets).

A gestão ainda contratou em definitivo o lateral Hayner, que veio por empréstimo do Azuris, e o volante Nonato, envolvendo Rwan com o Ludogorets. São outros 18 jogadores emprestados. Ainda existe o ‘Grupo B’ dos atletas ‘afastados’ que estão com futuro indefinido, fora dos planos do futebol santista e sem solução no mercado. É o caso do lateral Dodô, dos volantes João Victor ‘Balão’, Kevin Maltheus e Rafael Moreira e Matheus Nunes, do meia Ed Carlos e dos atacantes Victor Michell, Fernandinho e Andrey Quintino.

Além disso, teve rescisões durante esses oito meses com: o goleiro Breno Sossai, os zagueiro Thiago Balieiro e Zabala, o lateral Diogo Correia, os volantes Willian Maranhão e Ivonei, os meias Lucas Lourenço, Cazares e Carabajal e os atacantes Mendoza, Allanzinho, Marcelinho e Tailson.