Santos tenta contornar o problema da ausência de público nas cativas nos jogos mais importantes do clube (Crédito: Divulgação)

Apesar de receber andar recebendo um bom público, a Vila Belmiro tem um problema crônico e já bastante conhecido de todo torcedor: as cadeiras cativas. Mesmo quando o estádio fica lotado, às vezes até esgotando os ingressos colocados à venda, o setor que fica na lateral do gramado acima dos bancos de reservas se encontra vazio.

Para tentar resolver a situação, o Santos traçou um plano de trabalho: não vende mais as cadeiras como cativas, apenas na bilheteria, como ‘ingresso normal’. Hoje o Peixe tem apenas 44 cativas devolvidas, mas esse número deve aumentar em breve por conta das inadimplências.

Atualmente as cadeiras são divididas da seguinte maneira: 1.558 são cativas, 2223 são especiais, 57 são vitalícias e 65 são remidas, totalizando 3.903 lugares, além dos 44 devolvidos. As cadeiras especiais são aquelas que não podem ser transferidas e quando o sócio falecer ela retorna ao Peixe. As remidas são as que não pagam manutenção, apenas a mensalidade de sócio e o ingresso para os jogos, enquanto as vitalícias não pagam nada.

Dentre as cativas e especiais, 297 estão inadimplentes há mais de 180 dias, prazo no qual o proprietário é notificado e tem 15 dias para regularizar a situação ou o Santos pode tomar a cadeira. Dessas, 100 já foram pedidas de volta pelo clube e estão no departamento jurídico para retornarem à bilheteria. Algumas chegam até a 340 dias de atraso nos pagamentos.

A carga total de ingressos colocados a venda em um jogo na Vila Belmiro é de 16 mil, mas apenas 9.261 vão para a bilheteria santista, já que 4,5 mil pertencem às cativas e camarotes, 1.513 são cedidos e 726 são destinados aos visitantes. Assim, em um dia de ingressos totalmente esgotados, a Vila Belmiro pode chegar apenas a 11,5 mil pessoas sem contar o setor das cativas.

Raio-X das cadeiras da Vila Belmiro:

Cativas: 1558

Especias: 2223

Vitalícia: 57

Remidas: 65

Total: 3903

Devolvidas: 44