Há oito dias, o Santos vivia seu momento mais turbulento na temporada, vindo de dois resultados negativos e prestes a jogar um clássico e, em seguida, estrear na Libertadores. Agora, o Peixe inicia uma nova semana com jogos parecidos, mas em um ambiente bem mais tranquilo.
Com a confiança da torcida após um bom desempenho diante do Palmeiras e duas vitórias seguidas, sendo uma pela Libertadores, o Santos terá pela frente mais uma partida pela competição continental, nesta terça-feira, na Vila Belmiro, e outro clássico, dessa vez contra o São Paulo, fora de casa, pelo Paulistão.
Mesmo com um ambiente mais favorável de trabalho, o técnico Jesualdo Ferreira comentou a dificuldade dos jogos que tem pela frente, mas exaltou o elenco do Santos e disse que seu time tem condições para vencer qualquer adversário.
“Quase a mesma coisa da semana passada, mas começa mais difícil, com a Libertadores. Temos três dias e estarei sentado aqui outra vez se Deus quiser. Reclamavam da falta da coletiva e estarão comigo muitas vezes. Será igual, tentaremos nos recuperar bem, estudar muito bem o adversário como fizemos com a equipe argentina. Jogo de Libertadores tem componente emocional alto, jogo que envolve muita história. É emocionante. Santos é tricampeão e, portanto, esse peso vai nortear a ansiedade para entrar em áreas psicológicas. Não precisa motivar, é encontrar plano tático. Não vi todo o jogo, mas assisti boa parte contra o Olímpia. Temos possibilidade de ganhar, assim como todas, mas temos que estar muito preparados. Também jogaram hoje, terão viagem e vamos ver”, disse o treinador em entrevista coletiva após a vitória sobre o Mirassol.
Jesualdo também comentou sobre a importância do clássico contra o São Paulo. Segundo o treinador, uma vitória no Morumbi aproxima o Santos da classificação para a próxima fase do Campeonato Paulista. Além disso, o português também afirmou que irá encarar a sequência de jogos com otimismo.
“Depois enfrentamos o São Paulo. É clássico e não há prognóstico. Quando for com o São Paulo, faltarão dois jogos para as finais do Paulista. Esperamos estar classificados. Em uma semana mudou tudo, e espero que mude ainda mais. Para melhor. Sou muito otimista e se não fosse não chegaria até aqui. 46 anos de treinador como pessimista? Não acredito. Acredito no trabalho. Questões motivacionais desse clube são suficientes para os jogadores estarem sempre ligados”, completou.
O Santos treina neste domingo e na segunda-feira, quando encerra sua preparação para enfrentar o Delfin, do Equador, na Vila Belmiro, pela segunda rodada da Libertadores.
Se houve a alteração na forma de jogar atendendo ao pedido dos jogadores, o Jesualdo merece elogios, porque não dava para ficar insistindo naquele jogo medroso, “reativo”, com o volante preso na defesa, entre os zagueiros. É preciso ter humildade para perceber o que não funciona e corrigir o problema. No ano passado, o grande pecado do Sampaoli foi insistir em fórmulas que não deram certo, sem abrir mão de suas invenções, de forma inflexível.