Depois de demitir a comissão técnica da equipe sub-20, comandada pelo técnico Márcio Zanardi, o Santos decidiu também trocar toda a comissão técnica do time sub-17 e o técnico Márcio Griggio foi demitido na última semana juntamente com o auxiliar Carlão.
Márcio Griggio havia sido contratado pelo Santos em fevereiro do ano passado, mas não teve bom desempenho durante a temporada. A equipe foi eliminada na primeira fase do Campeonato Brasileiro Sub-17 ao ficar na nona colocação do grupo (formado por dez equipes), com apenas quatro pontos. Em nove jogos, a equipe obteve uma vitória, um empate e sete derrotas.
No Campeonato Paulista, o Santos foi líder do grupo na primeira e na segunda fase, mas foi eliminado na terceira ao ficar atrás de Palmeiras e Ponte Preta no grupo. Neste ano, o time sub-17 fez uma campanha ruim na Copa Santiago e parou nas quartas de final após uma derrota por 4 a 1 diante do Grêmio.
Os substitutos de Márcio Zanardi e Márcio Griggio devem ser anunciados no começo da semana. Eles devem vir de Chapecoense e Bahia.
O trabalho da base e de médio e longo prazo. Não dá para atribuir toda a culpa apenas a essas comissões técnicas que trabalharam apenas um ano com a garotada, pois já pegaram um elenco captado e formado por equipes anteriores (tem jogador que está no clube desde os 11 anos). No Sub 20 espera-se que o jogador esteja na fase final, quase pronto. Já houve várias estórias de problemas escabrosos na base, de protegidos de empresários a famílias que pagaram para comprar uma aprovação na triagem. Os técnicos demitidos também foram prejudicados pela urgência do clube em descobrir novos “raios”. Assim, puxaram, as supostas promessas, para o time profissional, queimando etapas da formação de jogadores comuns. Jogador de 16 anos para jogar no time principal precisa ser muito acima da média e, de repente, o Santos pensou que tinha vários desses pretensos talentos, como se, do nada, os deuses do futebol tivessem enviado uma chuva de “raios”. Com isso, desfalcaram as equipes Sub17 e Sub20 dos jogadores que seriam os melhores. Porem, os garotos foram sacados da base, mas não integraram o time profissional, pois serviram apenas de “sparring”. Perderam um ano, no limbo entre base e profissional. Houve também uma debandada de jogadores, salvo engano, no início de 2018. Clubes, como o Corinthians, cooptaram alguns jogadores. Houve também a troca de diretores promovida pelo Autuori, que promoveu uma reformulação com profissionais identificados com outros clubes, que, supostamente, iriam levar o trabalho da base a outro patamar. O Autuori apenas deu início às modificações, mas já foi embora, Enfim, tem várias explicações para o Santos não ter no atual time titular jogadores forjados na base (apenas o Alisson, que já está aí há bom tempo e nem dá para afirmar quer é titular absoluto). Várias safras passaram em branco, vários “destaques” da base, não deram em nada. Somados a todos os problemas, os desempenhos das equipes dos técnicos demitidos realmente foram sofríveis. Os times eram totalmente bagunçados, pareciam que os jogadores tinham se conhecido no gramado, na hora do jogo. Sabe-se lá se as equipes tiveram a disposição um campo de treinamento adequado, uma boa estrutura, para se preparar. O Zanardi ainda participava de competições do Sub 20 e Aspirantes com o mesmo elenco, com problemas de data para atender às competições simultâneas. A casa está uma bagunça, mas agora os problemas devem ser resolvidos, porque colocaram o inexperiente Edinho de Coordenador da base. Tá ruim, mas pode piorar.