De acordo com o relatório da Ernst & Young com a análise financeira dos 20 maiores clubes do Brasil, o Santos teve apenas a 10ª maior receita com direitos de TV e premiação em 2019. O Peixe faturou R$ 110 milhões no quesito, contra R$ 329 milhões do Flamengo, o líder do ranking.
O Santos ficou atrás de todos os rivais de São Paulo. O Palmeiras foi o segundo no ranking, com R$ 238 milhões, o Corinthians foi o terceiro, com R$ 189 milhões e o São Paulo foi o sétimo, com R$ 137 milhões.
Em 2019, pela primeira vez em muito tempo, os contratos de direitos de TV foram divididos entre dois grupos, a Globo e a Turner. Entre os dez primeiros do ranking, Palmeiras e Internacional (o sexto, com R$ 155 milhões de receita) adotaram o mesmo modelo do Santos: acordo com Globo para TV aberta e PPV e com a Turner para a TV fechada.
Seis times entre os dez primeiros fecharam com a Globo para todas as plataformas: Flamengo, Corinthians, Grêmio (quarto no ranking, com R$ 181 milhões), São Paulo, Atlético-MG (oitavo, com R$ 121 milhões) e Vasco (nono, com R$ 119 milhões).
O grande vencedor do primeiro ano de adoção do novo modelo foi o Athletico-PR. O clube fechou com a Turner para a TV fechada e com a Globo apenas para a TV aberta, não para o PPV. Com isso, o time paranaense “forçou” a TV Globo a colocar seus jogos na TV aberta e teve uma maior receita com audiência. O clube teve R$ 17 partidas do Brasileirão transmitidas pela TV Globo e se colocou na quinta colocação do ranking, com R$ 160 milhões.
O presidente José Carlos Peres é contrário ao modelo utilizado pelo Santos, que foi firmado na gestão de Modesto Roma Jr. O dirigente costuma dizer que a TV Globo aplicou uma redução de 50% do valor das cotas ao clube pelo fato de o Peixe não ter fechado para todas as plataformas.
Pelo novo modelo do contrato com a Globo, o Santos teria uma cota fixa (igual a de todos os clubes) na casa de R$ 22 milhões, uma valor de cerca de R$ 1,6 milhão por jogo exibido na TV aberta (R$ 13 milhões no total) e R$ 31,3 milhões de premiação pela segunda colocação no Brasileiro. Com o redutor, o Peixe recebeu R$ 11 milhões pela cota fixa e R$ 15,6 milhões pela premiação, uma diferença de R$ 26,6 milhões.
No entanto, pelo acordo com a Turner, o Santos recebeu R$ 17,5 milhões pela cota fixa e outros R$ 17,5 milhões por exibição + premiação (os clubes fecharam um acordo para dividir as cotas de forma igual para que pudessem antecipar as receitas). Além disso, o Peixe recebeu R$ 10 milhões de luvas da Turner na assinatura do contrato. Ou seja, os valores do contrato com a Turner superam o valor “taxado” pela Globo.
O Santos ainda teve receitas do Paulistão e da Copa do Brasil para chegar aos R$ 110 milhões.
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