Em uma reunião tensa por videoconferência, Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Federações Estaduais e clubes da Série A não chegaram a um acordo para a data de volta dos públicos nos estádios no Campeonato Brasileiro.
A Federação de Futebol do Rio de Janeiro defendia a volta do público a partir da primeira semana de outubro. O Ministério da Saúde aprovou a volta com 30% da capacidade de cada estádio. No entanto, alguns Estados são contra a volta de público e os clubes de São Paulo, liderados pelo Corinthians, já deixaram claro que não aceitam a liberação apenas em alguns dos estádios do Brasileirão.
De acordo com nota oficial da CBF, a grande maioria dos participantes da reunião se manifestou favorável ao retorno do público em data e quantidade a serem definidas, desde que de forma isonômica e com permissão das autoridades dos Estados e Municípios correspondentes. O tema voltará a ser debatido em reunião futura.
No mesmo encontro, a CBF explicou o critério utilizado para adiamento de jogos do Campeonato Brasileiro. A entidade compartilhou com os clubes que vem adotando premissas objetivas para análise dos pedidos de adiamento, levando em consideração: a quantidade de atletas inscritos pelos clubes, de atletas infectados, o número de jogadores disponíveis e o limite máximo de inscrições para cada competição, nos termos dos respectivos regulamentos.
Em linha com a jurisprudência que vem sendo construída pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol (STJD) sobre o tema, a CBF estabeleceu, com anuência da grande maioria dos clubes, o mínimo de 13 atletas não infectados para que a partida seja realizada. Na ocasião, tendo sido apresentada a possibilidade de aumento do limite de inscrições para o Campeonato Brasileiro da Série A de 40 para 50 atletas, os clubes se manifestaram favoravelmente.
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